Análise

Os garotos da base do Galo não são a solução, mas podem ser opção

Felipão deixou bem claro que os garotos ainda não estão prontos para enfrentar um grande adversário de nível de Série A do Brasileiro

Por Breno Galante
Publicado em 05 de março de 2024 | 13:13
 
 
 
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No último sábado (2/3), enfim, o torcedor atleticano pôde ver em campo, na Arena MRV, contra o Ipatinga, os garotos da base tendo mais oportunidades.

Nos últimos jogos, já estávamos vendo o garoto Alisson ganhando oportunidades e se saindo muito bem. No último jogo foi a vez de vermos Cadu, Isaac, Paulo Vitor e Vitinho.

Cadu começou pela primeira vez como titular do time profissional. E pela primeira vez teve uma real oportunidade. Até então, ele havia feito três jogos pelo time principal. Dois com o técnico Coudet em 2023, contra o Alianza Lima, quando jogou um minuto, e contra o Coritiba, quando jogou dez minutos. E teve uma oportunidade com Felipão também ano passado, quando jogou um minuto contra o Fortaleza.

Desta vez, o garoto jogou 90 minutos e mostrou que tem qualidades. Fez um gol e deu assistência para o gol de Battaglia. Para mim, foi o melhor em campo, o que custou, inclusive, uma prorrogação do seu contrato, que terminaria em dezembro de 2026 e agora termina em dezembro de 2027; além de um reajuste salarial. Com isso, a multa contratual de Cadu, que era de 50 milhões de euros (cerca de R$ 268 milhões), subiu para 60 milhões de euros (cerca de R$ 322 milhões).

O volante Paulo Vitor, que jogou 23 minutos, mostrou um bom futebol. Desde o ano passado, ele era muito elogiado pelo técnico Coudet, que via um grande potencial nele. 

Isaac entrou e teve duas chances de marcar o gol. Mas pecou pela ansiedade, o que é normal para um garoto que está tendo uma grande oportunidade na frente de 35 mil pessoas.

Vitinho teve apenas quatro minutos para jogar, mas já pôde sentir a responsabilidade, mais uma vez, de vestir a camisa do time profissional.

Após o jogo, Felipão deixou bem claro que os garotos ainda não estão prontos para enfrentar um grande adversário de nível de Série A do Brasileiro. Que uma coisa é um jogo pelo Campeonato Mineiro, e outra coisa é um jogo pelo Campeonato Brasileiro.

Eu entendo o que Felipão quis dizer e concordo. Mas uma coisa é certa: se os meninos da base hoje não são solução para o problema do Galo, por não estarem prontos, pelo menos viraram opção para o treinador. E boas opções que podem entrar e ajudar o time num segundo tempo. 

Afinal, os garotos mostram muita vontade e mobilidade, o que faltou em vários jogos do time nesta temporada. 

Para o torcedor, ficou o alento de que, ao longo da temporada, esses garotos possam se transformar numa realidade para ajudar o Galo a conquistar títulos.

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