É, amigos… A surpresinha na lista de relacionados pro jogo de amanhã não foi nada agradável. Saravia teve confirmada lesão muscular na coxa direita e nem viajou ao Rio. Com exceção de Scarpa, Paulinho e Hulk, Saravia era, ao meu ver, o mais “insubstituível” pro jogo do Maracanã. E agora? Bomba pro Milito resolver.
A missão é duríssima não só por não ter Saravia, muito regular neste ano, mas principalmente pela ausência de uma alternativa segura pra lacuna deixada pelo argentino.
O substituto natural é Mariano. Experiência não falta ao lateral de 38 anos, mas boas apresentações são raras neste ano. No último jogo, por exemplo, esteve envolvido no lance do primeiro gol do Bahia, por mais que seja justo dizer que a falha mais grave foi de Brahian Palacios.
A possibilidade de Mariano cumprir a função esbarra numa escolha tática. Em Salvador, ele foi titular na volta da linha de três defensiva, como um zagueiro pelo lado direito. Nessa posição, em tese, ele se desgasta menos fisicamente. Como um lateral, com linha de quatro, como faz o Saravia, indo e voltando, acho que não dá mais pro Mariano.
Mas e aí? Vai manter a linha de três mesmo depois do jogo pífio contra o Bahia? Acho má ideia. Vale lembrar que as boas apresentações defensivas do Atlético (contra o São Paulo), recentemente, foram no 4-3-3. Com linha de quatro, desconsiderando a opção Mariano, a gente precisaria partir pra uma improvisação.
Em coletiva há alguns dias, Milito foi questionado sobre a possibilidade de utilizar Alan Franco por ali (fez a função muito bem feita na seleção do Equador, nos dois jogos da data Fifa). O técnico do Galo disse, porém, que não pensa (ou não pensava) em usar o Franco por ali. Reiterou que, naquela posição, visualizava mais as opções de Mariano e Lyanco pra uma ocasião de ausência do Saravia.
Entre as opções, a última delas (Lyanco) é a que mais me agrada nessa prévia. Como diz Milito: falar depois que acontece é fácil, difícil é tomar a decisão antes. Hoje, terça-feira, 24 horas antes do jogo, Lyanco fazendo a direita me parece a melhor opção. Tem vigor físico, conhece aquele espaço do campo, é firme na marcação e, principalmente, não forçaria uma mudança estrutural ainda maior no time.
Pensa: se entra o Franco na direita, alguém tem que jogar no lugar dele no meio. Quem seria? Fausto Vera, jogador que até aqui, ao meu ver, entregou muito pouco e tira dinâmica do nosso meio-campo.
Boa sorte ao Milito. Eu sou palpiteiro, o treinador é ele. É fato que a ausência de Saravia será sentida, assim como a de Otávio, mas tomara que esses nomes não estejam entre os mais falados pelos atleticanos amanhã, às 21h, depois dos primeiros 90 minutos da disputa das quartas de final. Se esquecermos deles é porque, de um jeito ou de outro, Milito desarmou a bomba.