Muitos são os críticos da Justiça do Trabalho, segundo os quais o protecionismo excessivo ao trabalhador acaba por se voltar contra a própria credibilidade desta Justiça especializada, para muitos, também, eficiente, célere e de grande responsabilidade social. Utilizam desse argumento até para defender a revisão da legislação, aproximando-a à realidade econômica e às relações de trabalho que o mundo vive. Às vezes, por mais que se queira defender a instituição, não é fácil. Numa ação trabalhista contra uma rede de supermercados, por exemplo, a Vara do Trabalho entendeu não ter havido justa causa para dispensa de uma empregada, mesmo ela tendo recebido 45 advertências, uma suspensão e, ainda, ter comprovadamente desviado dinheiro da empresa para a conta do marido.