É decepcionante o rol de equívocos do governo do Estado no encaminhamento de suas prerrogativas ao negociar a dívida pública de Minas com a União. O acordo feito quando da desistência da ação judicial em que cobrávamos os efeitos danosos ao orçamento público de Minas, decorrentes da Lei Kandir, trocando um ativo de R$ 150 bilhões por R$ 8,7 bilhões que serão pagos ao Estado pelo Governo Federal até 2037, é a prova inequívoca do descaso, do despreparo ou de algo pior que um dia será descoberto. Um detalhe nessa negociação do governo Zema com Bolsonaro: ele não passou pela discussão e crivo da Assembleia Legislativa. Negociaram, os técnicos da confiança de Romeu Zema, um patrimônio de R$ 150 bilhões que vinha sendo discutido na Justiça, por 5% do que valia e que, no mínimo, serviria para quitar a dívida pública de Minas. Essa mancada tem que ser anulada.