Desde 2021 pousou em Araxá, com amplo apoio do governo do Estado, a ideia de se fabricarem aviões Desaer ATL100, para uso civil e militar. O projeto prometia a produção de até quatro aeronaves por mês, numa unidade fabril que receberia um investimento de US$ 80 milhões, podendo chegar até US$ 120 milhões. Fantástico para uma cidade como Araxá, que ocuparia o seu aeroporto Romeu Zema com um projeto dessa envergadura. Uma área de 277,8 mil metros quadrados foi doada pela Codemig à Prefeitura Municipal de Araxá, que a doou à empresa dona do projeto, com a condicionante de que a fábrica se instalasse. O projeto não andou, melhor, voou, porque era um sonho, conforme disse um funcionário da prefeitura que pediu reserva de seu nome. Era mais difícil de acontecer do que “o Beiçola namorar dona Nenê ou o Tom pegar o Jerry”. Toda essa movimentação foi feita na esperança de que uma empresa que tem um capital de R$ 800 mil fosse capaz de ter condições de bancar um projeto dessa monta. E agora? Quem vai pagar toda a despesa gerada com escritura, serviços jurídicos, cartórios, emolumentos. Quem? Que destino terá esse terreno, hoje nas mãos da prefeitura? Ninguém viu isso? Estava todo mundo voando na Codemig? Que conselho tem a empresa? Quem foi o autor dessa mágica?