OPINIÃO

Dia trágico

“No dia 1º de maio de 1994 o Brasil perdeu Ayrton Senna e cada brasileiro perdeu um pouco do Brasil.

Por Paulo Navarro
Publicado em 24 de maio de 2024 | 10:12
 
 
 

Dia trágico
Do não tão velho e bom Google. “No dia 1º de maio de 1994 o Brasil perdeu Ayrton Senna e cada brasileiro perdeu um pouco do Brasil. Em Ímola, no Grande Prêmio de San Marino da Fórmula 1, o ídolo e tricampeão mundial estava no auge da carreira quando a barra de direção da Williams FW16 quebrou e o carro foi direto para a barreira da curva Tamburello”.

Trágico passado
Que o Google nos perdoe, mas ser sentimental é fundamental. O brasileiro não perdeu um pouco do Brasil, porque nosso país nunca foi nenhuma Brastemp. O brasileiro perdeu muito mais, perdeu um dos maiores patriotas, um de seus melhores irmãos. Senna era maior que o Brasil, era o próprio “País do Futuro”. Futuro que nunca chegou, por causa da pedra de Drummond, a pedreira eternamente parada e inútil no meio do caminho.

Passado do presente
No portal “Ge”, lemos que “Vettel completa homenagem de Senna a Ratzenberger, em Imola. Tetracampeão guiou última McLaren de Senna no GP da Emilia-Romagna vencido por Verstappen, dia 19 e ergueu bandeira da Áustria em homenagem a piloto morto um dia antes do brasileiro, em 1994”.


Passado que não passa
“Das mais de 16 mil voltas que Sebastian Vettel deu na F1 entre 2007 e 2022, uma das mais especiais foi após sua aposentadoria, guiando a última McLaren de Ayrton Senna no GP da Emilia-Romagna. Ele ainda ergueu as bandeiras do Brasil e da Áustria, completando a homenagem ao falecido Roland Ratzenberger que o tricampeão não pôde fazer no GP de San Marino em 1994”.

Passado vivo
“Eu estava com as bandeiras e no momento em que as mostrei, as pessoas enlouqueceram. Foi um momento e tanto, eu estava gritando o nome deles no capacete. E carregar a bandeira austríaca, a missão que Ayrton queria completar e que realmente pertencia a ele porque ele estava com a bandeira no carro naquele domingo (do GP de San Marino de 1994). Foi muito, muito especial”, detalhou o ex-piloto da F1.

Vivo e morto
Agora, mil perdões e por obséquio, uma lembrança pessoal do titular da coluna. Em 1994, pouco antes da morte de Senna, João Cláudio Pentagna Guimarães, então presidente da Associação Brasileira de Revendedores Volkswagen e também da Assoaudi, revendedora Audi, me levou para um “test drive” em Interlagos. A foto mostra e prova o reencontro com Senna.

Vivo e imortal
Reencontro porque, antes de Interlagos, conheci Ayrton Senna no Portogalo Suíte Hotel, navegando os bons tempos de Angra dos Reis, onde ele reinava ‘al mare” e era cercado de tietes. Lá, ao lado da lancha do comandante e amigo, José Afonso Assumpção, Senna me disse: “Às vezes é preciso de muita grana para curtir a simplicidade de Angra”.

Imortal e infinito
Pois é, minha homenagem e lembranças são bem mais humildes que as de Sebastian Vettel, mas cada um dá o que tem; o que pode. Inesquecível honra estar perto de Senna, duas únicas vezes. Senna é tão grande que ficou maior que o feriado do Dia do Trabalho. E, assim como perguntamos, “onde você estava dia 11 de setembro de 2001”; também podemos indagar, onde estávamos quando o melhor do Brasil morreu, dia 1º de maio de 1994. Brasiiiiiiiiiiiiiil!

 

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