Curiosidades e dúvidas sobre a entrevista de hoje. O diretor comercial e de marketing, da Lider, é Tiago e não Thiago. É Lider ou Lider Interiores? Por que Lider e não, Líder, com acento de líder? Certeza mesmo é que Tiago Nogueira é um grande administrador e gestor que queria ser professor, com ou sem rima. Professor de Educação Física. Em parte, realizou sua paixão pelos esportes, mas isso vocês só descobrirão na última pergunta. Por enquanto falemos de sua primeira vocação, ainda estudante, a gestão de bons negócios, desde 1997.

Falando em datas, temos várias e importantes, como 2005, 2007, 2008, 2014, 2016, entre mil outras, até chegarmos aos 80 anos da Lider, essa jovem e veneranda senhora. Depois dos números, os nomes-chave: tapetes, objetos, Mostra Decora Lider, Fundação Dom Cabral, Lattoog, Bruno Faucz, Maurício Arruda, Alva Design. Entre idas e voos, o mais importante é perceber um Tiago que não para, que continua se aperfeiçoando, trabalhando, vivendo e aprendendo a jogar, sempre pensando em outras datas, como 2026 e outros 80 anos.

Tiago, quem era Tiago Nogueira, antes da Lider? Aliás, é Lider sem acento mesmo?

Um apaixonado por esportes que pensava em fazer educação física.

E entrou na Lider em 1997, direto nos tapetes?

A gestão dos tapetes me fez gostar de estudar de verdade. Estava cursando Administração de Empresas e me foi dada a oportunidade de fazer a gestão da linha desta linha de produtos: tapetes. Aí “linkei” teoria e prática. Vi que a teoria funciona na prática e os resultados da linha de produtos foram crescendo ano a ano.

A Lider tem quantos anos de história?

São 80 anos bem vividos. Uma jovem senhora com muita experiência, aberta ao novo, que une design, solução para o cliente e gestão com tecnologia.

 

 Faculdade ou gestão dos tapetes: onde aprendeu mais?

50/50. A teoria só ganha vida com prática.

 

Teoria, administração, gestão: como diferencia?

Se você segue o fundamento e acredita nele, é como fazer uma plantação e preparar bem o solo antes. A prática será melhor executada se usarmos o fundamento da teoria. A teoria nada mais é do que o resumo das melhores práticas, descritas em um documento, livro, publicação científica, arquivo…

Isso influenciou a entrada de objetos de decoração no portfólio?

Sim! Eu estava fazendo um bom trabalho na gestão dos tapetes, convidei o Gabriel Grossi, à época aluno da PUC e colega de minha irmã, Sara, para trabalhar comigo e o resultado melhorou ainda mais. Éramos gestores com perfis diferentes e a complementariedade foi fundamental. Estávamos com uma boa reputação a partir da gestão dos tapetes e nos foi dada a oportunidade de cuidar também dos objetos de decoração. Em 2007 abracei outros desafios com quais eu já estava envolvido e o Gabriel continuou na gestão do produto, assim como em outras atividades também.

A Mostra Decora Lider foi um divisor de águas?

Com certeza. Aproximou a marca de arquitetos e decoradores e criou experiências únicas nas lojas. Foram 15 anos, com até oito mil m² de mostras em várias cidades e mais de 150 profissionais envolvidos por edição.

Como foi o salto para a supervisão comercial?

Foi em 2005, após minha participação num grande projeto da área comercial. A função incluía visitas às lojas, com um “checklist” de 25 itens-chave: Marketing, equipe, vendas, “mix”, rentabilidade, entre outros.

O design brasileiro faz diferença na marca?

 É essencial. Desde 2014, com o diretor criativo, Guilherme Ribeiro, construímos uma identidade própria. Trabalhamos com 27 designers brasileiros – como Lattoog, Bruno Faucz, Maurício Arruda, Alva Design, etc.

E o design autoral?

É um pilar da marca. Desenvolvemos, fabricamos e vendemos design. Somos a maior indústria de design do Brasil e uma das maiores do mundo.

Reposicionar uma marca é importante?

É fundamental. É adaptação, transformação, escuta ativa do ambiente e das novas gerações.

Qual a importância pessoal da Fundação Dom Cabral?

É base. As formações em 2008 e 2016 fortaleceram minhas raízes estratégicas e operacionais. Além disso, minha família, um ex-treinador olímpico e minha esposa, Luciana, são pilares fundamentais na minha formação.

Hoje, como diretor Comercial e de Marketing, quais são as estratégias?

Expandir a marca nacionalmente e abrir caminho para o exterior. Fortalecer canais, implantar processos, usar bem a tecnologia e ter times preparados em todos os segmentos: móveis soltos, planejados, área externa e complementos.

E o lazer?

Musculação, funcional, “bike”… Mas o principal é o motocross. Pratico duas vezes por semana e meu filho, Antônio, de seis anos, já é meu companheiro de pista.