Análise

Fernando Seabra no Cruzeiro: a solução que não servia há três meses

Seabra conhece muito de futebol e o elenco atual, mas vai encarar a primeira experiência em uma Série A cada vez mais disputada

Por Samuel Venâncio
Publicado em 09 de abril de 2024 | 16:37
 
 
 
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A diretoria do Cruzeiro faz um movimento de muita ousadia, para não dizer outra coisa, no nome escolhido para ser o substituto de Nicolás Larcamón no comando técnico do time estrelado. Digo isso porque há três meses o mesmo Fernando Seabra estava no clube e, naquele momento, não foi o escolhido para ser o comandante celeste em meio ao tão falado processo seletivo para escolha de um novo treinador. 

E agora, três meses depois, ele é a solução? Até concordo que, para fazer esse monte de aposta que vem sendo feita, o Seabra tem uns pontos para sair na frente, mas é uma aposta de grande risco. Seabra conhece muito de futebol, conhece o elenco atual quase que na totalidade, mas vai encarar a primeira experiência em uma Série A cada vez mais disputada. Mas vou torcer para que dê muito certo. 

Agora vamos aos questionamentos. O departamento de futebol do Cruzeiro erra mais uma vez. Primeiro, que fez um “baita” processo de entrevistas para chegar ao Nicolás Larcamón, fechar um contrato até 2025 e, três meses depois do início do trabalho, o técnico já não serve mais. Ora, que tem neste famoso processo de seleção? Ficaram dias entrevistando, mas não conseguiram identificar um problema, que apareceu já nos primeiros meses de trabalho? 

Depois de Pezzolano, Pepa ficou pouco tempo. Zé Ricardo, nem precisa contar. E agora Larcamón. O Cruzeiro vai para o seu quinto técnico na gestão da SAF. Duas situações de interino em meio a esse processo. E aí que Ronaldo precisa cobrar firme o seu departamento de futebol, chefiado por Paulo André e Pedro Martins. 

Mudanças constantes de técnicos não são práticas comuns onde se prega gestão moderna. Mudanças constantes de técnicos trouxeram prejuízos financeiros ao Cruzeiro, com pagamento de multas.

O Cruzeiro cumpriu o seu objetivo no primeiro ano. Cumpriu no segundo com um sofrimento fora do comum. O terceiro ano já teve o fracasso na Copa do Brasil, que não teve o objetivo cumprido. 

E o que todo torcedor celeste espera é que daqui para frente a história seja diferente. 

Ficar na primeira página da Série A, com tantas escolhas erradas, será um desafio e tanto da SAF celeste.

Vamo que vamo, Cruzeiro…

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