Festa

17ª Mostra de Cinema de Tiradentes homenageia Marat Descartes

Ator paulista ganhou dobradinha musical de Maurício Tizumba e do amigo, o ator Gero Camilo, e subiu ao palco para receber o Troféu Barroco juntamente com a família

Por Ludmila Azevedo – Enviada Especial*
Publicado em 25 de janeiro de 2014 | 11:59
 
 
 
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Diferentemente de muitas aberturas de eventos do gênero, a Mostra de Cinema de Tiradentes ganha pontos pela autenticidade pelo tom bastante brasileiro. Nada de tapete vermelho, atrizes usando glamourosos vestidos longos e uma cerimônia xerocada de Oscar e afins. Quem abriu a festa ontem foi  Maurício Tizumba, com seu tambor e a cantoria que remete às origens africanas (uma pena o áudio do seu microfone ter falhado, o que não comprometeu a noite, já que mais tarde ele voltaria à cena para uma dobradinha com o ator Gero Camilo na homenagem à Marat Descartes).

Em tom informal, a atriz e jornalista Christiane Antuña foi a apresentadora da cerimônia, também breve para os padrões (ainda que com o atraso em relação ao cronograma como a maioria), com agradecimentos aos patrocinadores,  às autoridades, a quem produz e batalha pelo audiovisual independente no Brasil e ao público. O ponto alto foi o discurso emocionado de Marat Descartes - com sete filmes em cartaz na mostra, que segue até o dia 01 de fevereiro na cidade histórica. Ele chegou a cantar um samba com o ator e amigo de longa data, Gero Camilo (acompanhado de Tizumba). Descartes agradeceu à organização do evento por permitir que a mãe, a mulher, as três filhas e outros parentes pudessem presenciar esse momento de sua carreira que contabiliza 20 anos e diversos papéis no cinema, teatro e televisão.

Em seguida, “Quando Eu Era Vivo”, de Marco Dutra, abriu a mostra.  Baseado na obra “A Arte de Produzir Efeito Sem Causa”, de Lourenço Mutarelli, o longa estrelado por Marat Descartes, Antonio Fagundes e Sandy Leah, bebe na fonte de um gênero pouco explorado no cinema nacional: o suspense. Ágil, a narrativa gira em torno de um filho que vai visitar o pai em São Paulo e acaba trazendo à tona o passado da família, cuja mãe morreu e o irmão enlouqueceu.  Acontecimentos ocultos e sobrenaturais permeiam a história marcada por atuações seguras. Uma curiosidade é que Mutarelli faz uma ponta na produção, como o motorista que deveria levar José Junior (Descartes) para uma entrevista de emprego.

O filme tem previsão de estreia em todo Brasil na semana que vem.

*A jornalista viajou a convite da Mostra de Cinema de Tiradentes

 

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