CANOAS (RS). A reportagem de O TEMPO chegou ao Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (10), para acompanhar a situação do Estado, que sofre com as consequências das fortes chuvas das últimas semanas. A jornalista Lucyenne Landim viajou em uma aeronave disponibilizada pela Força Aérea Brasileira (FAB). Ela deixou a base aérea de Brasília às 8h e pousou em Canoas (RS), também na base aérea da FAB na cidade gaúcha, às 10h40. 

As cenas vistas de dentro do avião, pouco antes do pouso, chamaram a atenção da profissional. “A gente conseguiu ver casas alagadas, ruas com bastante água, árvores praticamente submersas, só o topo delas pra fora da água”, afirmou. Segundo a repórter, os últimos 15 minutos de voo foram de muita turbulência e a previsão é de chuva na região até segunda-feira (13).

O município de Canoas, onde a repórter está hospedada, é um dos mais afetados pelas tempestades no RS. Milhares de pessoas sofrem com as enchentes e várias famílias, que perderam tudo, estão abrigadas no hotel. Na segunda-feira (13), o repórter cinematográfico Rodney Santos irá reforçar a cobertura de O TEMPO no RS. 

Ações de resgate em Canoas 

Lucyenne Landim acompanhou também um barco de voluntários em Canoas em busca do salvamento de animais. No caminho, é possível ver que lugares que antes eram avenidas, estão completamente debaixo da água, só é possível ver o topo de placas de trânsito. 

O resgate de pessoas continua na região, mas algumas ainda se recusam a sair de suas casas. O medo de saques faz com que moradores fiquem nos telhados como vigias. Outros ficam nas varandas acompanhando a velocidade da água e respondendo com negativa aqueles que tentam ajudar.  

O resgate de animais é outro desafio. Eles estão assustados e ariscos. Uma das estratégias das equipes é sair com saquinhos de ração para pelo menos conseguirem alimentar. No meio do trajeto, há também barcos virados e corpos de bichinhos. 

No meio do caminho, a reportagem ainda encontrou pessoas que estão fazendo um verdadeiro improviso para realizar os resgates. Um homem, por exemplo, usou a caixa de geladeira, amarrou galões de águas vazias nas extremidades e tem usado uma pá de madeira envergada para conduzir a “embarcação improvisada”. Ele buscava animais pela região. 

A reportagem acompanhou o resgate ao lado de Hassan Adami Cafruni, secretário-adjunto de Resiliência Climática e Defesa Civil de Canoas. Ao O TEMPO, ele disse faz um apelo para que saiam das casas, uma vez que há alerta vermelho para chuvas fortes na região durante esse final de semana e há perigo da água subir. Com isso, um resgate futuro vai ser ainda mais difícil caso aconteça algo.