Pastor é preso acusado de estuprar fiéis para 'quebrar maldição'

Um pastor evangélico foi preso em uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal, nesta quarta-feira (22/5), sob acusação de estuprar fiéis da igreja para "quebrar maldição".

Segundo a polícia, o religioso, identificado como Sinval Ferreira, de 41 anos, simulava ter “revelações” sobre um suposto futuro sombrio envolvendo a morte de parentes das vítimas. Para “livrar” os fieis, os homens deveriam receber sexo oral e ter relações sexuais com o pastor.

Além disso, conforme  as investigações da Operação Jeremias 23 — passagem bíblica que faz alusão aos falsos profetas —, ele também usava sua influência para abusar financeiramente dos frequentadores do templo.

Nas redes sociais, o pastor possui mais de 29 mil seguidores, se intitula como presidente da Igreja Casa de Oração Pentecostal Missionária (Icopm) e compartilhava os cultos, fotos com a família e os trabalhos como cantor.

Uma segunda pastora de uma igreja de Sobradinho é suspeita de aplicar com as ameaças de “castigo celestial”. Ela chegou a ter relação sexual com os fiéis na presença do pastor. No entanto, não é alvo de mandado de prisão.

Ainda segundo a polícia, uma das vítimas, que é mulher, chegou a fazer grandes doações para igreja, pagar passagem e hospedagem para o pastor viajar para o Rio de Janeiro. Além disso, emprestou uma chácara que tinha, para o religioso que realizava orgias com outros membros da igreja.

As buscas foram cumpridas nas cidades de Vicente Pires, Samambaia e Sobradinho. Os investigados irão responder pelos crimes de violação sexual mediante fraude e extorsão, cujas penas podem chegar a 17 anos de prisão.

A reportagem do TEMPO entrou em contato com a Igreja Casa de Oração Pentecostal Missionária  em busca de um posicionamento sobre o caso, da instituição e do líder religioso, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem.