A Prefeitura de Cascavel (PR), cidade de onde o voo 2283 da Voepass saiu nessa sexta-feira (9/8), vai disponibilizar um espaço para o velório coletivo das vítimas da queda do avião que deixou 62 mortas - 58 passageiros e 4 tripulantes.

"O Município de Cascavel informa que, desde o momento em que tomou conhecimento do trágico acidente com a aeronave da Voepass, montou uma força-tarefa no aeroporto de Cascavel para auxiliar os familiares das vítimas", informou em nota.

A prefeitura paranaense informou que disponibilizou equipe com médicos, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais que estão no aeroporto para prestar o auxílio necessário.  "Uma aeronave da Gol com capacidade para 186 passageiros reservou 60 lugares para levar familiares até São Paulo. Psicólogos acompanharão os familiares durante o voo que decola de Cascavel às 11h40.
O Município de Cascavel disponibilizará um espaço, que ainda está sendo definido, para o velório coletivo das vítimas", concluiu o texto da nota.

Tragédia

A aeronave decolou do Aeroporto de Cascavel (PR) às 11h50 com destino ao Aeroporto de Guarulhos (SP), com 62 pessoas a bordo - 58 passageiros e quatro tripulantes. A chegada ao aeroporto na região metropolitana de São Paulo estava prevista para as 13h40. No entanto, por volta das 13h21, a aeronave perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto.

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), foi nesse momento que o avião deixou de responder ao Controle de Aproximação de São Paulo. A aeronave caiu em uma área residencial do condomínio Recanto Florido, no bairro Capela, em Vinhedo. Vários moradores capturaram em vídeo o momento em que a aeronave rodopiava no ar antes do impacto e da fumaça da explosão. 

A Voepass diz que ainda não é possível precisar o que aconteceu com a aeronave. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado à FAB, iniciou na sexta-feira uma investigação para apurar as causas da queda do avião. A Polícia Federal (PF) também vai auxiliar na apuração. 

Os investigadores já estão em posse dos gravadores de voz da cabine do avião e de dados instalados na caixa preta. Os equipamentos serão enviados em Brasília, onde serão aproveitados. Porém, ainda não há prazo definido para a conclusão das apurações.

Segundo o brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Cenipa, as informações e hipóteses sobre o ocorrido ainda são preliminares e poucas conclusões podem ser tiradas. Uma das poucas certezas que já se tem é que, durante o voo, não houve, por parte da tripulação da aeronave, a comunicação de que havia uma situação de emergência.