Um representante comercial que morava em Natal (RN) foi identificado como uma das vítimas da queda do avião que deixou 62 mortos em Vinhedo (SP). A morte de Constantino Thé Maia foi confirmada na manhã deste sábado (10) pela companhia aérea. Inicialmente, nome dele não estava na lista de passageiros divulgada pela Voepass. O erro ocorreu por causa de uma "questão técnica", justificou a empresa.

Familiares do potiguar viajaram até São Paulo após saberem da queda do avião. Em publicação nas redes sociais, a irmã de Constantino afirmou que a família estava apreensiva com a incerteza sobre a presença dele na aeronave e disse que eles foram chamados à capital paulista para acompanhar os desdobramentos do caso.

Em publicação nas redes sociais, a governadora Fátima Bezerra (PT) disse que a notícia foi "recebida com tristeza". O homem era irmão de um policial militar potiguar, segundo o governo do RN.

Constantino era gestor de venda e tinha viajado a trabalho para Cascavel (PR). Ele estava em uma convenção do Grupo Ghelplus, que publicou uma nota nas redes sociais lamentando o acidente e informando que "um colaborador e representantes comerciais" estavam entre as vítimas. O homem deixa dois filhos. 


Como ocorreu o acidente

A aeronave decolou do Aeroporto de Cascavel (PR) às 11h50 com destino ao Aeroporto de Guarulhos (SP), com 62 pessoas a bordo - 58 passageiros e quatro tripulantes. A chegada ao aeroporto na região metropolitana de São Paulo estava prevista para as 13h40. No entanto, por volta das 13h21, a aeronave perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto.

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), foi nesse momento que o avião deixou de responder ao Controle de Aproximação de São Paulo. A aeronave caiu em uma área residencial do condomínio Recanto Florido, no bairro Capela, em Vinhedo. Vários moradores capturaram em vídeo o momento em que a aeronave rodopiava no ar antes do impacto e da fumaça da explosão. 

A Voepass diz que ainda não é possível precisar o que aconteceu com a aeronave. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado à FAB, iniciou na sexta-feira uma investigação para apurar as causas da queda do avião. A Polícia Federal (PF) também vai auxiliar na apuração. 

Os investigadores já estão em posse dos gravadores de voz da cabine do avião e de dados instalados na caixa preta. Os equipamentos serão enviados em Brasília, onde serão aproveitados. Porém, ainda não há prazo definido para a conclusão das apurações.

Segundo o brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Cenipa, as informações e hipóteses sobre o ocorrido ainda são preliminares e poucas conclusões podem ser tiradas. Uma das poucas certezas que já se tem é que, durante o voo, não houve, por parte da tripulação da aeronave, a comunicação de que havia uma situação de emergência. (Folhapress)