A queda de um avião com 61 pessoas nesta sexta-feira (9) em Vinhedo (SP) fez todos os holofotes se virarem para a Voepass, companhia aérea responsável pelo voo 2283 saiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP). A companhia foi fundada em 1995 com o nome de Passaredo em Ribeirão Preto (SP) por José Luiz Felício e, atualmente, é a companhia aérea mais antiga em operação no Brasil. A companhia já se chamou Passaredo Linhas Aéreas, mas mudou de nome em 2019.
A empresa atende 38 destinos em todas as regiões do Brasil. A VoePass tem uma frota de 14 aeronaves modelos ATR 42 e ATR 72. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é a quarta maior companhia aérea do Brasil. Os dados da ANAC referentes a abril de 2023 mostram que a VoePass é responsável por 1% dos passageiros transportados no Brasil.
Atualmente, ela conta com 1087 funcionários e opera sob a Certificação IOSA (Auditoria de Segurança Operacional da IATA), certificado de excelência operacional internacional emitido pela International Air Transport Association (IATA). A VoePass faz parte da ABEAR, da IATA e da ALTA.
De acordo com o portal UOL, em 2012 a empresa entrou em recuperação judicial (RJ) com uma dívida estimada em R$ 150 milhões. Ela saiu da recuperação judicial em 2017. No mesmo ano em que saiu da RJ, a Passaredo fechou acordo para ser vendida para a viação Itapemirim. Mas a venda foi cancelada alguns meses depois, por não cumprimento de condições previstas no contrato.
Em 2019, a Passaredo comprou a MAP Linhas Aéreas, com sede em Manaus, e passou a se chamar Voepass. Na mesma época recebeu 14 slots no aeroporto de Congonhas em São Paulo. Com os slots que vieram da MAP, a Voepass ficou com 26 slots.
Com a compra da MAP e os slots em Congonhas, a empresa entrou em disputa com a Azul. A Voepass chegou a acusar a Azul de assediar seus pilotos para prejudicar suas operações. Em 2021, a Voepass vendeu a MAP para a Gol.
Em março de 2024, a empresa fechou um acordo com a Latam. O acordo inclui a permuta dos slots do aeroporto de Congonhas em troca de debêntures (tipo de dívida). Prevê também a possibilidade de a Latam converter as debêntures em ações da Voepass, segundo informações do jornal O Globo.
A parceria da Voepass com a Latam inclui também o compartilhamento de voos. A Voepass utiliza aviões ATR 72 e ATR 42, com capacidade para até 70 passageiros e faz voos domésticos de curta distância.