Uma mulher de 45 anos admitiu à polícia ter assassinado o marido com golpes de madeira e incinerado o cadáver no quintal da casa onde moravam em Jaú, interior de São Paulo. O crime ocorreu em 4 de maio de 2025, mas só veio a público após a autora prestar depoimento detalhado às autoridades.

A confissão revelou que José Fábio da Silva chegou em casa sob efeito de álcool e cocaína na noite do homicídio. Ele matou os dois cachorros da família, alegando que os animais estavam atacando as galinhas criadas pelo casal, e depois agrediu a esposa.

A mulher declarou em seu depoimento que o marido costumava agredi-la em áreas do corpo onde os hematomas não ficavam visíveis. Após sofrer socos no peito e nas costas, ela pegou um pedaço de madeira e desferiu dois golpes na cabeça da vítima.

Depois de constatar a morte do marido, a autora arrastou o corpo para uma área do quintal usada para queimar lixo. Ali, montou uma fogueira onde incinerou tanto o cadáver quanto a arma do crime. O corpo permaneceu em combustão durante toda a noite.

Na manhã seguinte, ela recolheu as cinzas com um lençol e as jogou de uma ponte sobre um rio da cidade. Parte dos restos mortais ficou acumulada na margem, área posteriormente isolada para perícia técnica.

A investigação não conseguiu localizar os restos mortais completos da vítima. No mesmo dia do crime, a mulher foi à delegacia para registrar o desaparecimento do marido, mas desistiu ao encontrar o local cheio. O boletim de ocorrência foi formalizado apenas dois dias depois.

A suspeita responde ao processo em liberdade. A Justiça negou o pedido de prisão preventiva pela impossibilidade de flagrante e pela não localização completa dos restos mortais.

A Central de Polícia Judiciária de Jaú conduz as investigações. A Secretaria da Segurança Pública informou que as diligências continuam para esclarecer todos os aspectos do caso.