A nova edição da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, ampliada para 32 equipes e com sede nos Estados Unidos, tem provocado reações intensas dentro e fora dos gramados. O torneio, que promete distribuir mais de US$ 1 bilhão em prêmios, está sendo acusado de priorizar interesses políticos e comerciais em detrimento do futebol.

🏛️ Política e espetáculo no futebol

A decisão de realizar o torneio nos EUA e a exposição do troféu ao lado de Donald Trump na Casa Branca por parte de Gianni Infantino foram vistas por críticos como uma estratégia de autopromoção do presidente da FIFA e um gesto simbólico de aliança com o poder político norte-americano.

💰 Ganância versus saúde dos atletas

Jogadores e sindicatos, como a FIFPRO, acusam a entidade de sobrecarregar o calendário e colocar os atletas em risco. O aumento do número de jogos gerou ameaças de ações legais por parte das entidades de classe e críticas de técnicos, como Thomas Frank, que consideram o formato “insustentável”.

⚽ Clubes, regras e conflitos de interesse

O sistema de qualificação da nova competição também levanta suspeitas. O Inter Miami, por exemplo, garantiu vaga via título da temporada regular (Supporters’ Shield), e não pela MLS Cup. Além disso, o avanço de empresas com múltiplos clubes levou a FIFA a criar regras específicas para evitar conflitos, mas a eficácia dessas medidas ainda é questionada.

📉 Recepção morna e clima tenso

A estreia do torneio tem enfrentado baixa adesão de público, recepção fria da mídia e críticas à falta de identidade cultural local. A repressão migratória nas cidades-sede também afastou parte dos torcedores, gerando clima de apreensão e protestos nas redes.