Religião e política

Advogado de padre Júlio Lancellotti diz que pode recorrer a medidas jurídicas

Se houver calúnia e ofensa à honra do padre, Justiça será o caminho; vereador propôs CPI para investigar entidades sociais que atuam com população em situação de rua

Por Agências
Publicado em 07 de janeiro de 2024 | 16:48
 
 
 
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Advogado do padre Júlio Lancellotti, o ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) afirma que tanto ele como o pároco estão tranquilos com a proposta de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) apresentada pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil). Ela pode ser instalada em fevereiro, ainda que tenha perdido força nos últimos dias, diante da forte repercussão negativa, que uniu parlamentares, partidos, e instituições como a própria Arquidiocese de São Paulo.

Greenhalgh afirma que estabeleceu um limite aos ataques que têm sido feitos pelo vereador ao padre. Caso ele os ultrapasse com calúnia, difamação ou ofensa à honra, serão tomadas medidas jurídicas. "É um vereador que ninguém sabe quais projetos fez. É ano eleitoral, as nulidades precisam subir nas costas de pessoas reconhecidas, criar casos, estabelecer fatos políticos para ver se saem do anonimato", diz.

Nunes protocolou o pedido de abertura de CPI em dezembro, com assinaturas de 24 vereadores, e recebeu sinalização positiva de parte da cúpula da Câmara sobre sua instalação em fevereiro. Ela é vista com bons olhos por Milton Leite (União Brasil), presidente da Casa, principal fiador da investigação. A comissão ainda precisa ser apreciada no colégio de líderes e em plenário para que seja instalada.

O vereador pretende investigar o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecido como Bompar, e o coletivo Craco Resiste. Ambos atuam junto à população em situação de rua e a dependentes químicos da região central da cidade e tornaram-se alvos da CPI pelo vínculo que supostamente teriam com o padre.

O sacerdote afirmou à coluna que não tem qualquer incidência sobre as entidades e não atua em projetos conjuntos com elas. Afirmou que não é do conselho da Bompar há 17 anos e que ocupava uma posição sem remuneração no conselho deliberativo da entidade. (Guilherme Seto/Folhapress)

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