saúde

Anvisa aprova remédio que previne doença respiratória grave em crianças

Prevenção ao VSR é indicada para bebês recém-nascidos, além de crianças de até 2 anos de idade imunocomprometidas


Publicado em 31 de outubro de 2023 | 16:42
 
 
 
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (30/10), o registro de uma vacina para prevenção do vírus sincicial respiratório (VSR), uma das principais causas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças. O Beyfortus (nirsevimabe) é produzido pela empresa Sanofi Medley Farmacêutica.

O mesmo medicamento foi aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA) dos EUA em julho deste ano. 

Segundo a Anvisa, o remédio deve ser aplicado em dose única e visa fornecer proteção durante toda a temporada do VSR. O produto será disponibilizado como uma solução injetável, para administração intramuscular em recém-nascidos e bebês lactentes entrando em sua primeira temporada do VSR ou durante essa primeira temporada.

Também é indicado para crianças de até 24 meses de idade que permanecem vulneráveis à doença grave causada pelo vírus. Nesse grupo estão incluídas crianças com:

  • doença pulmonar crônica da prematuridade (DPC);
  • doença cardíaca congênita hemodinamicamente significativa (DCC);
  •  fibrose cística, doenças neuromusculares ou anomalias congênitas das vias aéreas.

A indicação abrange ainda crianças de até 2 anos de idade que sejam imunocomprometidas ou portadoras da síndrome de Down.

Como funciona?

O nirsevimabe é um anticorpo monoclonal que visa neutralizar as cepas dos subtipos A e B do VSR. O medicamento inibe a fusão da membrana da célula no processo de invasão viral.

Este não será o primeiro medicamento contra o vírus VSR. No Sistema Único de Saúde (SUS), já é usado o Palivizumabe, medicamento indicado para aumentar a proteção de crianças prematuras ou com comorbidades contra a infecção pelo VSR. 

A Medley ainda não informou qual será preço do Beyfortus no Brasil, nem quando estará disponível no mercado. Nos Estados Unidos, cada dose do medicamento custa US$ 500, equivalente a R$ 2.518, segundo reportagem da CNN. 

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