Esperança brasileira

Anvisa decide sobre vacinas contra Covid neste domingo, a partir das 10h

Saiba onde assistir: reunião deve durar cinco horas e será transmitida pela internet; serão avaliados os imunizantes do Butantan e da Fiocruz para uso emergencial

Por Isis Mota
Publicado em 16 de janeiro de 2021 | 17:39
 
 
 
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Está nas mãos de cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a possibilidade de o Brasil começar na próxima semana sua tão esperada campanha de vacinação contra a Covid-19. A cúpula do órgão vai se reunir a partir das 10h, com transmissão pela internet, para anunciar sua decisão. A sessão deve durar, segundo a agência, pelo menos cinco horas.  A data da reunião corresponde ao último dia do prazo definido para analisar pedidos de uso emergencial de vacinas.

A informação de que o encontro da diretoria será longo foi comunicada pelas redes sociais. "A Anvisa realiza neste domingo (17), a partir das 10h, a reunião de sua Diretoria Colegiada para apreciar os pedidos de uso emergencial de vacinas contra a Covid-19 do Instituto Butantan e da Fiocruz. A previsão de duração da reunião é de cinco horas", postou neste sábado (16) a @anvisa_oficial.

Caso a autorização seja concedida, o Ministério da Saúde planeja iniciar o processo de imunização da população, começando pelos grupos prioritários, na próxima quarta-feira (20). Estão sob análise as vacinas Coronavac, da chinesa Sinovac, fabricada no Brasil pelo Butantan, e a do laboratório AstraZeneca com a Universidade de Oxford, que será produzida pela Fiocruz.

O governo federal contava com 2 milhões de doses dessa vacina de Oxford para dar o pontapé inicial na campanha. Apesar do desenvolvimento ser birtânico, a fabricação está acontecendo na Índia, de quem o Brasil pretendia importar. Porém, o governo indiano afirmou que não tem condições de vender o produto agora, já que começou uma megacampanha para inocular pelo menos 300 milhões de habitantes em seis meses.

Documentos entregues

Tanto o Butantan quanto a Fiocruz declararam já terem entregado à Anvisa 100% dos documentos necessários para liberação do uso emergencial das vacinas contra a Covid-19 no Brasil. Nos últimos dias, a Anvisa ainda cobrava a apresentação completa de documentos para avaliação. 

Neste sábado (16), conforme dados atualizados do painel da agência sobre o andamento da análise das vacinas, 44,86% dos documentos da Coronavac já haviam sido analisados, enquanto 55,14% estavam em análise. No caso da vacina de Oxford/AstraZeneca, 49,45% do processo estava concluído e 50,55% estava pendente. É uma verdadeira corrida contra o tempo.

Disputa política

Depois que os indianos negaram entregar a vacina de Oxford ao Brasil neste momento, o Ministério da Saúde solicitou a entrega "imediata" de 6 milhões de doses da Coronavac pelo Instituto Butantan. Em ofício de sexta-feira (15), o ministério afirmou que não há "previsão contratual de distribuição das doses de vacina a ser realizada diretamente pela Fundação Butantan". E disse que é "sua responsabilidade" a "atualização e coordenação do plano nacional de operacionalização da vacinação contra a Covid-19".

O Butantan, por sua vez, questiona o Ministério da Saúde sobre a quantidade de doses que serão destinadas especificamente a São Paulo. O instituto afirma que poderia, assim, destinar as vacinas diretamente para a Secretaria Estadual de Saúde.
 

Saiba onde e como assistir à reunião da Anvisa que decidirá o futuro das vacinas no Brasil

Data: 17 de janeiro, domingo

Horário: 10h

Canais: GloboNews, TV Brasil e canais digitais (Facebook e YouTube) da Anvisa.

 

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