A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, nesta sexta-feira (28), uso de autotestes para detecção de Covid-19 no Brasil, seguindo o que já ocorre em países da Europa, nos Estados Unidos e no Canadá.
A medida foi tomada depois que o Ministério da Saúde complementasse o pedido de aprovação e, para que os produtos sejam vendidos, é necessário, ainda, que empresas responsáveis também entrem com requerimento na agência.
Como é feito o autoteste?
Há vários métodos utilizados para autotestagem. Cada tipo de produto deve conter instruções detalhadas de como fazer a coleta e, por isso, é necessário atenção por parte do consumidor.
A maior parte dos processos consiste em extração de material por saliva ou pelo nariz e depósito em um tubo, que contém um líquido, e deve ser agitado para que o resultado seja emitido.
Em quais circunstâncias o autoteste deve ser usado?
Conforme determinado pela Anvisa, o autoteste deve ser usado para monitorar pacientes com ou sem sintomas de Covid-19, ou pessoas que tiveram contato com infectados pelo coronavírus.
O objetivo é fornecer uma solução rápida e mais cômoda para acompanhar o diagnóstico. Empresas podem, por exemplo, usar os exames para controle de entrada de funcionários ou, alguém que tenha desenvolvido a doença, para saber quando é possível sair do isolamento.
Quando os autotestes começam a ser vendidos e onde será possível comprar?
Não há data oficial, mas a Anvisa espera que, a partir da próxima semana, empresas interessadas comecem a apresentar pedidos de autorização para uso no Brasil. Assim que os trâmites forem realizados, eles serão liberados.
O Ministério da Saúde informa que os exames devem ser vendios em “redes de drogarias, farmácias e distribuidoras de medicamentos".
As empresas podem, também, comercializar os produtos online caso haja liberação.
Quanto tempo demora para sair o resultado do autoteste?
Cada produto tem suas especificações, mas, em geral, o resultado é informado entre 15 minutos e 30 minutos.
Como saber se o autoteste deu positivo?
O Ministério da Saúde informa que os autotestes têm indicadores parecidos aos de exames rápidos de gravidez. Com isso, em geral, se houver duas linhas no produto após a coleta, o resultado é positivo. Contudo, as formas de apresentação podem variar conforme o fabricante.
Há chance de o resultar ser falso positivo ou falso negativo no autoteste?
Sim. O ideal é que o autoteste seja feito logo quando sintomas da Covid-19 aparecerem ou, em caso de contato com alguém infectado, entre cinco e sete dias após o encontro.
Se o resultado for positivo, é recomendado que um outro exame, RT-PCR, seja feito para confirmar o diagnóstico.
A Anvisa não considera que o resultado do autoteste, sozinho, seja categorizado como positivo para infecção por coronavírus.
Por isso, o produto também não será usado como atestado médico, ou para apresentação em espaços que requerem resultado negativo para Covid-19. A ideia é que os autotestes sejam um indicativo aos pacientes.
O autoteste é confiável?
Sim, dentro dos limites que o produto está proposto e desde que ele seja feito no tempo e de forma corretos.
Todavia, o autoteste não deve ser enxergado como um substituto para exames mais robustos, como o RT-PCR.