SÃO LUÍS " Quando o comandante Júlio César Ribeiro começava os procedimentos de pouso do monomotor Embraer EMB720C Minuano, prefixo PT-EKA, na manhã de ontem, uma explosão arrancou uma das asas da aeronave, que caiu a dois quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto de Pinheiro, a 100 quilômetros de São Luís.

O acidente aconteceu por volta das 9h e, além do piloto, estavam a bordo do avião Eliovar de Jesus Santos e Jorge Maximiliano Costa Campos, porta-valores de uma empresa de segurança contratada pelo Banco do Brasil para levar dinheiro para abastecer os caixas eletrônicos da região.

Nenhum dos ocupantes sobreviveu. Os moradores do povoado de Ponta de Santana, onde a aeronave caiu, disseram que puderam ouvir o barulho do momento em que a aeronave se chocou com o solo.

Não houve testemunha do acidente. Parte da asa esquerda do avião caiu no quintal de Ivanilde Tavares Freitas, que estava em casa no momento do acidente. "Eu estava começando a fazer o almoço quando ouvi um vizinho gritando que um avião estava caindo. Logo depois ouviu um barulho. Era a asa caindo", contou.

Os homens que estavam no aeroporto de Pinheiro para receber os malotes de dinheiro conseguiram recuperar dois malotes, mas a maior parte das cédulas transportadas no avião se perdeu no incêndio que se seguiu após a queda ou foram roubadas.

Os corpos dos três ocupantes do aparelho acidentado foram resgatados por policiais do Grupo Tático Aéreo (GTA). Carbonizados e mutilados, eles foram levados de avião para o aeroporto Hugo da Cunha Machado, onde chegaram no final da tarde e de lá foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) para identificação.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deslocou de Belém uma equipe com três peritos em acidentes aéreos para o local. De acordo com o serviço de comunicação social da Anac, os peritos vão fazer levantamentos, recolher evidências e entrevistar possíveis testemunhas.