Emprego

Bolivianos trocam São Paulo por Sul de Minas Gerais

Segundo Van Der Laam Oliveira, os brasileiros também são bons de serviço, mas com a oferta de vagas em alta na cidade, a rotatividade é muito grande e a mão-de-obra nacional não está dando conta

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 21 de maio de 2014 | 10:05
 
 
 
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Descontentes com a falta de registro em carteira e a carga horária elevada nas indústrias de confecções na capital paulista muitos bolivianos estão migrando para o Sul de Minas Gerais. No mês passado, dez deles começaram a trabalhar em uma indústria de garrafas térmicas em Pouso Alegre (MG), cidade que nos últimos meses recebeu muitas empresas e precisa de mão-de-obra para atender à nova demanda.

Um peruano também já está em atividade na companhia e outros quatro bolivianos devem chegar nesta semana. "Um vai comentando com outro e a notícia se espalha”, diz Van Der Laam Oliveira, gerente de Recursos Humanos da Invicta, empresa que contratou os estrangeiros. Segundo ele, todos os contratados estão legalizados e têm desempenhado bem o trabalho.

Quem chega portando apenas o chamado "RG Estrangeiro" tem ajuda da empresa para regularizar a situação. Segundo Van Der Laam Oliveira, os brasileiros também são bons de serviço, mas com a oferta de vagas em alta na cidade, a rotatividade é muito grande e a mão-de-obra nacional não está dando conta.

Condições

No novo emprego, os bolivianos têm, além do salário em carteira e horário fixo, benefícios como assistência médica. "Aqui a gente trabalha a quantidade certa de horas por dia", diz o auxiliar de produção Selvin Moreno. Boliviano, ele lembra que, nas confecções de roupas de São Paulo, a carteira não era assinada e a carga horária nem sempre se resumia às oito horas diárias de trabalho como combinado. Por isso, ele e os demais teriam optado por seguir para Pouso Alegre. Na cidade mineira, eles estão produzindo garrafas, galões e caixas térmicas que são exportados para mais de 40 países.

Pouso Alegre tem apresentado anualmente quase o dobro de crescimento econômico em relação ao índice nacional, sendo, em Minas Gerais, a primeira em desenvolvimento econômico. Na cidade somente nos últimos cinco anos, foram criadas 11.350 vagas de emprego, de acordo com números fornecidos pela prefeitura.

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