Dinheiro de ditadura

Carnavalesco da Beija-Flor diz que dinheiro veio de empresas do Brasil

O país é uma ditadura comandada há 35 anos por Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que tem uma fortuna pessoal avaliada em US$ 600 milhões, de acordo com a revista Forbes

Por Folhapress
Publicado em 19 de fevereiro de 2015 | 14:52
 
 
 
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Um dos carnavalescos da Beija-Flor, Fran-Sérgio, afirmou nesta quinta (19) que o desfile da escola, que venceu o Carnaval carioca, foi financiado por empresas brasileiras de construção civil que atuam na Guiné Equatorial, país homenageado no enredo.

O país é uma ditadura comandada há 35 anos por Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que tem uma fortuna pessoal avaliada em US$ 600 milhões, de acordo com a revista "Forbes".

Segundo o jornal "O Globo", que revelou o caso, o patrocínio é de R$ 10 milhões. A Beija-Flor não confirma nem refuta o valor.

"O desfile teve a colaboração de empresas, entre elas a Odebrecht, a Queiroz Galvão e principalmente a ARG. Não tenho como precisar o valor, mas sei que foi menos do que o noticiado", disse o carnavalesco.

Ainda nesta quinta, a Odebrecht mandou um comunicado à imprensa onde nega o patrocínio e diz que não atua na Guiné Equatorial.

"A Odebrecht não patrocinou o desfile do Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor, do Rio de Janeiro. A Odebrecht esclarece ainda que nunca realizou obras na Guiné Equatorial. A empresa chegou a manter um pequeno escritório de representação no país africano, mas ele foi desativado em 2014″, diz a nota.

A Queiroz Galvão e a mineira ARG ainda não se pronunciaram. A ARG está construindo duas grandes obras rodoviárias no país, segundo seu site oficial.

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