Para o infectologista Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), a confirmação de um paciente com o novo coronavírus em São Paulo não acende um alerta maior em Minas Gerais – onde há cinco casos suspeitos: dois em Belo Horizonte e três em Pouso Alegre.
O que preocupa é a quantidade de países onde a doença se espalha. “O leque de locais é maior, então o volume de pessoas suspeitas se multiplica”, diz Urbano.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) tem um plano de contingência, com diretrizes de atuação para hospitais e médicos lidarem com a doença caso algum paciente seja diagnosticado com o novo vírus.
Hoje, Minas trabalha com o nível 1 de enfrentamento (o mais baixo de três níveis), que envolve encaminhar pacientes a hospitais de referência para diagnóstico.
Chega-se ao nível 3 se for verificada a transmissão do vírus de pessoa para pessoa em território mineiro. Segundo a secretaria, o caso confirmado em São Paulo não altera o plano.
Em BH, pelo menos dois casos suspeitos são investigados, informa o último boletim de saúde da SES. O primeiro é de uma mulher de 57 anos, residente na capital e com histórico de viagem a Dubai, Tailândia, Vietnã e Camboja. Ela está internada em isolamento em um hospital particular da capital mineira.
A outra paciente tem 25 anos e está no hospital Júlia Kubitscheck, com quadro estável. Ela também viajou à Tailândia, passando por Vietnã e Singapura e fazendo conexão em Abu Dabi e Madri.