Pesquisa

Conhecimento sobre pandemia avança, e 78% se dizem bem informados, diz Datafolha

Na lista sobre os meios mais usados para se informar, a TV continua como o preferido, citada por 81% dos entrevistados

Por Folhapress
Publicado em 09 de abril de 2020 | 19:10
 
 
 
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As informações sobre a pandemia do coronavírus chegaram a praticamente toda a população, e 78% dizem que estão bem informados sobre o assunto, de acordo com a mais recente pesquisa do Datafolha.

Na lista sobre os meios mais usados para se informar a respeito, a TV continua como o preferido, citada por 81% dos entrevistados, seguida por redes sociais, com 29%, e sites de notícias/jornais, com 28%.

O instituto ouviu 1.511 pessoas de 1º a 3 deste mês. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi feita por telefone, por causa da pandemia.

Tanto na pesquisa mais recente quanto na anterior, feita de 18 a 20 de março, 99% dos entrevistados disseram que tomaram conhecimento a respeito do coronavírus.

Em março, o índice de entrevistados que se diziam bem informados era de 72%. Agora, 20% disseram estar "mais ou menos" informados sobre o tema – antes eram 24%.

O nível de conhecimento da pandemia sobe entre os mais velhos, entrevistados com ensino superior e moradores do Sudeste do país. Entre jovens de 16 a 24 anos, só 62% dizem estar bem informados sobre o tema.

No quesito confiança, TV e jornais impressos continuam com os índices mais elevados junto à população. Dizem que confiam nas informações sobre o coronavírus divulgadas pelos programas jornalísticos de TV 54% dos entrevistados. Nos jornais impressos, a taxa é de 51%.
Dizem não confiar nas informações de jornais impressos 12% dos entrevistados, e, no caso dos programas de televisão, 14% dos ouvidos.

Os índices de confiança nesses dois tipos de veículos de imprensa caem quando considerados apenas aqueles que avaliam a resposta à crise dada pelo presidente Jair Bolsonaro como ótima ou boa e também entre quem declara ter votado nele na eleição presidencial de 2018.

O presidente tem um histórico de críticas a veículos da imprensa profissional, que se acentuou diante da crise da pandemia, com a defesa que ele tem feito de que os riscos estão superdimensionados pelas autoridades estaduais e pela mídia.

Na população em geral, quando questionados a respeito da confiança em informações sobre o coronavírus veiculadas no WhatsApp e no Facebook, o índice vai para apenas 8%. Em março, a confiança nessas duas plataformas era de 12%.

A confiança nessas redes tende a ser um pouco maior entre quem tem nível fundamental de escolaridade.

A pesquisa mostrou aprovação majoritária a medidas de restrição da circulação, como fechamento do comércio e de escolas, e rejeição à renúncia do presidente Bolsonaro.

Os entrevistados, na média, afirmam que as medidas de isolamento vão durar 29 dias. Disseram ser a favor de que o governo proíba temporariamente a circulação de pessoas, como forma de evitar a disseminação do vírus, 71% dos entrevistados.

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