Na noite de ontem (13), as equipes de resgate que trabalham incansalvemente nas buscas pelos escombros dos dois prédios que desabaram na favela da Muzema, no Itanhangá, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (12), encontraram os corpos da diariasta Zenilda Bispo de Amorim, 40, e do seu filho Ruan Amorim Rodrigues, 10.
Eles foram as duas últimas vítimas retiradas sem vida dos escombros e, de acordo com os bombeiros, estavam abraçados deitados numa mesma cama.
Em entrevista à equipe de reportagem do jornal Meia Hora, uma tia da criança, Rosana da Silva, contou emocionada que a noitícia foi dada por uma assistente social. "Ela (a assistente social) perguntou quem eram os parentes do Ruan. Eu disse que era eu. Foi então que ela contou que encontraram os dois. Mãe e filho, abraçadinhos, em cima da cama. É muita dor", lamentou.
Outra familiar, que ficou sabendo da queda dos prédios pela TV, também concedeu entrevista ao jornal e contou que a família havia comprado o imível há oito meses. Segundo Márcia Rodrigues, de 32 anos, mãe e filho foram surpreendidos pelo desabamento pouco antes de Zenilda sair para trabalhar.
"Às 6h da manhã ela recebeu uma ligação da patroa e informou que sairia de casa às 7h30, mas não deu tempo", contou.
Rio está em alerta com possibilidade de novas chuvas
A previsão do tempo para o Rio de Janeiro neste domingo (14), liga o alerta na Muzema e as buscas por vítimas, que estão no terceiro dia consecutivo, pode ser dificultadas.
De acordo com o Centro de Operações do Rio (COR), a chuva forte pode retornar ao Rio nesta tarde, quando as temperaturas devem diminuir e a previsão é de raios e rajadas de vento na cidade.
O município continua em estágio de crise, desde segunda-feira (8), e algumas vias seguem interditadas.
De acordo com o COR, há previsão de pancadas de chuva moderada a forte, acompanhadas de raios e rajadas de vento moderado a forte.