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Covid: Vacina para crianças de até 2 anos chegará aos Estados nos próximos dias

Ministério da Saúde confirmou que recebeu os imunizantes, mas não especificou os quantitativos a serem distribuídos

Por O Tempo
Publicado em 09 de novembro de 2022 | 11:22
 
 
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As vacinas contra Covid para crianças de 6 meses a 2 anos de idade começarão a ser distribuídas nos próximos dias, informou nesta quarta-feira (9) o Ministério da Saúde. A partir de então, os Estados poderão iniciar a vacinação desse público específico. A pasta confirmou que recebeu os imunizantes, mas não especificou os quantitativos a serem distribuídos. A vacina da Pfizer, a única aprovada para essa faixa etária no País, recebeu aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) há mais de um mês e meio. A falta de imunizantes específicos para esse público-alvo, porém, travou o início da campanha de vacinação.

O Ministério da Saúde recebeu a primeira remessa, de um milhão de doses, somente na última semana. A pasta, diante disso, publicou nota técnica há alguns dias em que libera a aplicação e lista os cuidados a serem tomados na campanha - uma das diferenças é que o imunizante será administrado em três doses. Em um primeiro momento, a recomendação é que a vacina seja destinada apenas para crianças com comorbidade, o que gerou críticas de especialistas em saúde.

Conforme a nota técnica do ministério, tendo em vista a aprovação pela Anvisa da vacina Covid-19 da Pfizer para o público infantil de 6 meses a 4 anos de idade "e considerando a necessidade de organizar e distribuir os recursos disponíveis para os imunizantes", fica orientado o início da vacinação contra a covid para as crianças a partir de 6 meses de idade nos seguintes moldes:

- A vacina da Pfizer é recomendada para crianças de 6 meses a 2 anos, 11 meses e 29 dias;

- A Coronavac é recomendada para crianças com 3 ou 4 anos de idade;

- Já crianças acima de 5 anos de idade podem receber ambos os imunizantes aprovados para a faixa etária, Coronavac ou Pfizer.

No caso da faixa de 6 meses a 2 anos, a indicação vale apenas para crianças com comorbidades. A recomendação para quem não tem comorbidades, continua o documento, será avaliada após a aprovação para incorporação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Não foi especificada uma data para isso.

Críticas

A medida de destinar as doses apenas para crianças com comorbidades recebeu críticas de especialistas. No início deste mês, as sociedades Brasileira de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) publicaram nota conjunta em que "endossam a recomendação da Câmara Técnica Assessora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) da imediata incorporação da vacina Comirnaty (Pfizer) para crianças brasileiras de 6 meses a 4 anos".

"A nota técnica (do Ministério da Saúde) não segue a recomendação da câmara técnica, nós fomos surpreendidos com essa publicação", disse ao Estadão o diretor da SBIm Renato Kfouri, um dos médicos que auxiliam na tomada de decisões do governo federal quanto à imunização. "Atrapalha a vacinação dos municípios, que não conseguem identificar quem são as crianças (com comorbidades), não sabemos esses denominadores para cálculo dessas coberturas. Não foi essa a recomendação da câmara técnica, e sim a vacinação universal." (Com Estadão Conteúdo)

 

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