Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo: como descobrir se sou sedentário?

Pode parecer clichê, mas a máxima de que quem pratica alguma atividade física vive mais e com mais qualidade é comprovada cientificamente. Pesquisas realizadas em todo o mundo apontam para os benefícios de se colocar o corpo em movimento. Um estudo da Queen’s University, em Ontário, no Canadá, por exemplo, revelou que pessoas que fazem pelo menos duas horas e meia de exercícios por semana vivem cerca de seis anos a mais. 

Mesmo diante das evidências, muitos brasileiros não incluem em suas rotinas hábitos como: caminhada, corrida, musculação, luta ou qualquer outro esporte. O reflexo disso é que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é um dos países mais sedentários do mundo e o mais sedentário da América Latina. Estima-se que 45,9% da população brasileira (cerca de 67 milhões de pessoas) não pratique a quantidade suficiente de exercícios semanais. 

Muito se engana quem pensa que o sedentarismo consiste apenas na ausência de exercícios físicos. Segundo a coordenadora do curso de Educação Física da Estácio BH, Beatriz Bicalho, o comportamento sedentário se refere à realização de atividades que não aumentam o gasto de energia substancialmente acima dos níveis de repouso, tais como dormir e manter-se sentado à frente da televisão. “

Confira abaixo algumas dicas da especialista, Beatriz Bicalho: 

Com que frequência devo realizar atividade física? 

As diretrizes da OMS recomendam que adultos devem realizar de 150 a 300 minutos de atividade moderada por semana ou 75 a 150 minutos de exercício vigoroso, o que dá em torno de no mínimo 30 minutos por dia. O que diferencia uma atividade moderada de uma vigorosa é: frequência cardíaca, intensidade da respiração ou a própria percepção subjetiva do esforço que cada um vai ter ao fazer aquela atividade, que pode ser uma caminhada, andar de bicicleta, natação, ou qualquer outra proposta de atividade física. 

A quais riscos me exponho quando não faço exercícios físicos regularmente?

As pessoas que não fazem qualquer atividade estão expostas a inúmeros riscos físicos, sociais e mentais. Então, temos que lembrar que exercício físico regular é um fator chave de proteção para prevenção e controle de várias doenças crônicas não transmissíveis, tais como: doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão, obesidade e alguns tipos de câncer. A atividade física também está associada à saúde mental do indivíduo, uma vez que auxilia na prevenção do declínio cognitivo e sintomas de depressão e ansiedade. Além de contribuir para que a pessoa mantenha o peso ideal. 

Consigo ter bons resultados me exercitando em casa mesmo?

A primeira coisa a ser lembrada é que para você fazer exercício em qualquer lugar, você precisa de uma orientação de um profissional. Mas sim, é perfeitamente possível fazer exercício em casa com segurança e qualidade. Hoje existem muitas informações disponíveis na internet, e esse é um dos pontos mais importantes. Outra dica, é retirar a mesa, cadeira, o tapete e objetos que possam trazer risco enquanto estiver executando um movimento. Dá para fazer exercícios como dança, circuito de treinamento funcional, e até utilizando o peso do próprio corpo mesmo.