Prisão

Estudante picado por naja é preso em Brasília, suspeito de tráfico de animais

A Polícia Civil do Distrito Federal decretou a prisão temporária porque há indícios de que o estudante estivesse destruindo provas relacionadas aos crimes em apuração

Por Franco Malheiro
Publicado em 29 de julho de 2020 | 09:14
 
 
 
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O estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, de 22 anos, que foi picado por uma cobra naja em Brasília, foi preso na manhã desta quarta-feira (29), pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).O jovem é suspeito de integrar um esquema de tráfico de animais. Krambeck foi preso em sua residência, na região administrativa do Guará, cidade-satélite de Brasília.  

Segundo a PCDF, a 1ª Vara Criminal do Gama, responsável pelo caso, decretou a prisão temporária porque há indícios de que o estudante estivesse destruindo provas relacionadas aos crimes em apuração.

A prisão de Krambeck, que é temporária, faz parte da quarta fase da operação Snake, como informou a Polícia Civil. O amigo do estudante que teria ocultado as cobras também foi preso temporariamente, na terceira fase da operação. 

Ainda de acordo com informações da PCDF, o jovem é  suspeito de integrar um esquema de tráfico nacional ou internacional de animais, com a reprodução das cobras. Os investigadores também acreditam que Krambeck, junto a outros colegas da faculdade, produzia soro antiofídico ilegalmente. 

Um perito médico-legista acompanhou os policiais para verificar as condições de saúde de Krambeck, diante de informações de que ele ainda estaria debilitado. 

Relembre 

Pedro Henrique Krambeck ficou hospitalizado por mais de uma semana após ser picado por um cobra naja que criava em sua residência. Ele chegou a entrar em coma após o incidente. Como a naja não é natural do Brasil, só existia uma dose de soro antiofídico no país para tratar a picada, que precisou ser enviada para o estudante do Instituto Butantan, em São Paulo. 

Originária da África e da Ásia, a naja é uma das cobras mais venenosas do mundo.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou R$ 78 mil em multas para a família dele. (Com informações da ascom da PCDF)

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