Coronavírus

Fiocruz Minas estuda crianças e adolescentes vacinados contra a Covid-19

Pesquisa feita na faixa etária de 5 a 17 anos, em BH e Serrana, vai ajudar na definição do Programa Nacional de Imunizações

Por Da Redação
Publicado em 09 de março de 2022 | 16:22
 
 
 
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A Fiocruz Minas anunciou nesta quarta-feira (9) que está realizando uma pesquisa para acompanhar a resposta à vacina contra a Covid-19 em crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de Belo Horizonte e região metropolitana, em Minas Gerais, e Serrana, em São Paulo. O estudo começou no sábado (5) e terá a duração de um ano e meio, com o objetivo de contribuir para a definição de diretrizes do Programa Nacional de Imunizações. 

A pesquisadora Rafaella Fortini, que coordena o Estudo Immunita, frisa que a efetividade e segurança das vacinas aprovadas pela Agência Sanitária de Vigilância Epidemiológica (Anvisa) já são conhecidas. “O estudo permitirá o detalhamento sobre a resposta imunológica protetora que é gerada pela vacina e como esta resposta permanece ao longo do tempo. Para isso, analisamos os níveis de anticorpos totais e anticorpos neutralizantes, aqueles capazes de efetivamente neutralizar o coronavírus, incluindo as variantes de preocupação em circulação”, explica a cientista. 

O estudo conta com a parceria do Instituto Butantan, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e secretarias municipais de saúde de Belo Horizonte e Serrana. 

O recrutamento dos voluntários é feito no momento em que as famílias levam crianças e adolescentes para vacinar. Equipes da Fiocruz e do Butantan estão nos locais para fornecer todas as informações sobre a pesquisa e esclarecer dúvidas antes da adesão do voluntário. O acompanhamento se inicia mediante autorização dos responsáveis e também dos vacinados.  

“Todos são acompanhados por nossa equipe no decorrer de todo o estudo. Em caso de sintomas de Covid-19, uma equipe médica faz uma avaliação sobre a necessidade de realização da coleta de swab e, em seguida, fazemos o diagnóstico por PCR. Se positivo, é feito o sequenciamento do vírus para definirmos as variantes causadoras da infecção no pós-vacina. Além disso, monitoramos também possíveis efeitos adversos que possam ocorrer”, informa a pesquisadora.

O acompanhamento dos voluntários é feito mensalmente, por meio de contato telefônico. Presencialmente, serão cinco contatos: no dia da vacinação e, posteriormente, nos seguintes períodos: após um mês, após três meses, após seis meses e após um ano, todos esses tempos a partir da segunda dose.

Em Belo Horizonte e região metropolitana, estão sendo avaliadas as respostas geradas pelas vacinas CoronaVac e Pfizer, imunizantes aplicados na faixa etária alvo do estudo. Já em Serrana, avalia-se exclusivamente a CoronaVac, que, assim como no restante do país, é aplicada no público acima de 6 anos. 

Além do acompanhamento de crianças e adolescentes, o Estudo Immunita também realiza essa mesma investigação em adultos vacinados. A pesquisa com foco no público a partir de 18 anos teve início em janeiro de 2021 e tem duração de dois anos. 

“As informações geradas por meio da pesquisa vão subsidiar a tomada de decisões, auxiliando a Anvisa e o Ministério da Saúde a definir a necessidade de dose de reforço e também a periodicidade para todas as faixas etárias. Vão ajudar ainda a definir diretrizes a serem adotadas pelo Programa Programa Nacional de Imunizações”, destaca a pesquisadora.

 

 

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