Foragido, Dr. Bumbum tem passagens por homicídio, porte de arma e ameaça

O médico Denis Cesar Barros Furtado, mais conhecido como Dr. Bumbum, tem muito a explicar à justiça. Não só pelo falecimento da bancária de 46 anos, Lilian Calixto, morta em decorrência de um procedimento estético na cobertura do médico, na Barra da Tijuca, no último domingo (15), mas também por ter mais de dez processos em andamento na Justiça. No entanto, ele e a mãe, Maria de Fátima Barros, estão foragidos.

Lilian morreu na madrugada do último domingo após realizar um procedimento estético nos glúteos. A fatalidade teve a participação de outras duas pessoas, além de mãe e filho. A namorada de Denis, Renata Fernandes, que está presa, e da empregada Rosilane Pereira da Silva, liberada após prestar depoimento.

Renata afirma que trabalhava como secretária e não tinha noção dos procedimentos médicos. Já Rosilane apenas emprestava o nome para abertura da clínica estética, que na realidade estava registrada apenas como um salão de beleza. No entanto, os quatro foram indiciados por homicídio doloso qualificado e associação criminosa.

 

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Uma publicação compartilhada por Dr. Denis Furtado (@drdenisfurtado) em 11 de Jun, 2018 às 7:55 PDT

Entenda o caso

Denis Furtado ganhou fama por ter cerca de 650 mil seguidores no Instagram. Pelo trabalho estético que fazia, ganhou e adotou o apelido Dr. Bumbum. Suas postagens sempre faziam referência ao antes e depois de suas pacientes.

No sábado, Lilian pegou um avião em Cuiabá rumo ao Rio de Janeiro, onde realizaria o procedimento. A bancária passou por complicações e foi socorrida por Denis, Maria de Fátima e Renata ao Hospital Barra D'or em estado extremamente grave, segundo a unidade de saúde. O quadro não foi revertido e ela faleceu na madrugada.

De acordo com a polícia, Lilian foi para a casa de Denis de táxi, no sábado à tarde, e pediu que o motorista a esperasse. Por volta das 22h, o taxista, preocupado, ligou para Lilian. O médico então desceu, deu R$ 300 ao motorista e o dispensou, dizendo que paciente ia demorar porque se tratava de um jantar.

"O taxista ficou desconfiado e viu quando o médico saiu de carro levando a paciente para o Barra D'Or. E ligou para uma amiga da Lilian, que tinha feito o procedimento tempos atrás e indicado o médico", contou a delegada responsável pelo caso, Adriana Belém.

Quando a paciente morreu, ele e a namorada foram embora. "A diretoria do hospital contou que Lilian, que ainda estava lúcida, descreveu o que havia acontecido", disse a delegada.

"Conseguimos achar esse taxista, que acabou nos levando à suposta clínica, que é um salão de beleza. Depois que a paciente morreu, Renata ligou para o taxista para entregar os pertences de Lilian a ele. Eles marcaram no Downtown, onde fica o salão. Fomos atrás e prendemos a Renata. O Denis fugiu arrebentando cancela e tudo. A PM encontrou depois o carro dele abandonado", narra.

A situação de Denis piora ainda mais pelo fato de ele não ter registro para trabalhar no Rio de Janeiro, somente em Goiás e Brasília. Além disso, ele acumula passagens policiais por homicídio, porte ilegal de arma e ameaça; e mais de dez ações no Tribunal de Justiça do Rio.

Informações sobre o paradeiro de Denis e da mãe podem ser repassadas de forma anônima pelo Whatsapp ou Telegram do Portal dos Procurados, no telefone (21) 98849-6099; pela Central de Atendimento, no (21) 2253-1177; por meio do Facebook; e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ.