Governador do RS pede adiamento do 'Enem dos concursos', que será domingo (5)

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse em pronunciamento na noite deta quarta-feira (1º/5) que vai pedir o adiamento no Estado do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), também chamado de “Enem dos concursos”, ao governo federal. As provas estão marcadas para ocorrerem no próximo domingo (5/5), em todo o Brasil. O governador disse que o caos no Estado trazido pelas fortes chuvas que ocorrem desde segunda-feira (29/04) vai impedir o acesso dos candidatos gaúchos aos locais das provas no Estado.

“Vamos recomendar ao governo federal que seja contornada essa situação. Esse concurso ficou completamente inviabilizado nos próximos dias, no final de semana, para a população gaúcha. Nós vamos solicitar que seja encaminhado algum tipo de solução para o CNU”, afirmou o governado. Até o fim da noite desta quarta-feira (1/5), o governo federal não tinha se manifestado sobre o assunto. 

As aulas na rede estadual foram suspensas até pelo menos a próxima sexta-feira (3/5). Também a Confederação Brasileira de Futebol adiou todos os jogos que envolvem times gaúchos nas divisões do Campeonato Brasileiro, inclusive a partida entre Cruzeiro e Internacional, que aconteceria no sábado, 21hs, no Mineirão.

O governador Eduardo Leite alertou nesta que a situação grave das chuvas no Rio Grande do Sul deve piorar até o fim da semana. Dez pessoas já morreram e 21 estão desaparecidas desde o início dos temporais, na segunda-feira (29). Em transmissão online junto a representantes da Defesa Civil e da Sala de Situação do governo estadual, Leite declarou que muitos municípios que foram afetados por grandes enchentes em novembro do ano passado passarão por situações semelhantes ou até maiores.

"Estamos atravessando o que deverá ser o maior desastre do nosso Estado." Até a noite de quarta-feira, 114 municípios registraram danos, 3.416 pessoas estão desalojadas e 1.072 estão em abrigos. São aproximadamente 169 mil pontos sem energia elétrica, e mais de 440 mil sem abastecimento de água. (Com agências)