Em nota divulgada na tarde deste domingo (22), o governo do Rio de Janeiro afirma que o governador Wilson Witzel (PSC) "determinou máximo rigor" nas investigações sobre a morte de Ágatha Félix, 8, definida como "episódio trágico".
Quase dois dias após o crime, Witzel ainda não se manifestou diretamente sobre o assunto. Compartilhou em seu perfil no Twitter, contudo, notícias sobre o Dia Mundial Sem Carro e o aniversário de 129 anos do município de São Gonçalo. O silêncio se estende ao prefeito da cidade, Marcelo Crivella.
O governo do Rio já havia se manifestado por meio do Twitter, endossando a tese de que o episódio foi resultado de um confronto entre criminosos e policiais - defendida pela Polícia Militar e negada pela família e por populares.
Na nota enviada nesta tarde, o governo afirma que a Delegacia de Homicídios da capital, encarregada das apurações, ouvirá nesta segunda (23) policiais militares que participaram da ação que resultou na morte da menina. A corregedoria da PM também abriu procedimento para apurar a ação dos policiais.
Já foram ouvidos pela Polícia Civil parentes da menina, o motorista da kombi em que ela estava e outras testemunhas. O veículo também foi periciado.
As armas dos agentes serão recolhidas para realização de confronto balístico. O projétil retirado do corpo da menina e fragmentos foram encaminhados para exame pericial no Instituto de Criminalística Carlos Éboli, da Polícia Civil.
A data da reconstituição do crime no local onde a vítima foi baleada será definida ao longo da semana, segundo o governo. A criança foi baleada nas costas quando estava a caminho de casa em uma localidade chamada Alvorada, no alto do Complexo do Alemão.
Moradores realizaram nesta tarde deste domingo um protesto contra a morte da menina. Carregavam faixas e balões amarelos, em referência a uma fotografia de Ágatha.