Influenciadoras são presas em operação contra tráfico internacional de drogas

Três influenciadoras digitais do Distrito Federal, e outras sete pessoas, foram presas preventivamente, nesta quarta-feira (24/4), em uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, de São Paulo e na capital federal, contra o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra a saúde pública. O trabalho ocorre no âmbito da Operação Nárke, do Ministério da Justiça.

As jovens Rhaynara Didoff, com quase 40 mil seguidores, Letícia Susane Correia, com 34 mil, e Elisa de Araújo Marden, 10 mil, eram investigadas por fazer propaganda de "vapes", vaporizadores eletrônicos, com essência de maconha no Instagram. 

Conforme o G1, as influenciadoras eram contratadas por uma quadrilha que contrabandeava dos Estados Unidos óleo de maconha para cigarros eletrônicos que vinha envasado em potes de cera de depilação e chegava ao Brasil pelo Paraguai e vendido como refil para os “vapes”.

O produto era comercializado em sites pelo grupo criminoso e contas em redes sociais, onde anunciava “remédios para diversos tipos de doenças”. O material era embalado, em São Paulo, e distribuído pelos Correios. Eles também importavam da China insumos personalizados para a construção dos cigarros eletrônicos.

Além das influenciadoras, também foram presos os desenvolvedores das plataformas de venda dos produtos. Um casal de empresários do interior do estado de São Paulo, liderava o grupo, que adquiria contas bancárias em nome de terceiros e utilizava empresas fantasmas para lavar o dinheiro do tráfico. 

Só nas vendas pela internet, a Polícia Civil do Distrito Federal estima que o grupo movimentava R$ 2 milhões mensais.

À reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa das influenciadoras. O espaço está aberto para manifestações.