Irmã de Dr. Jairinho disse para babá de Henry omitir brigas: 'Menos é mais'

Em novo depoimento dado a polícia do Rio de Janeiro, Thayná Ferreira, babá de Henry Borel, morto no último dia 8 de março com lesões que levaram à prisão do vereador Dr. Jairinho, e da mãe, a professora Monique Medeiros, contou que a irmã do acusado pediu a ela para omitir informações sobre as brigas do homem com a criança. Identificada no depoimento apenas como Thalita, a irmã do Dr. Jairinho é patroa da mãe de Thayná.

Inicialmente, Thayná revelou que foi Thalita que a pediu para ir a um escritório de advocacia, onde a babá esteve com Monique e foi orientada a mentir tanto para uma rede de televisão quanto para a polícia. 

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Dias depois, Thalita voltou a ligar, segundo informações de Thayná, e pediu para que ela fosse em sua casa. A babá foi até a residência da irmã de Jairinho, onde a mãe dela também trabalha como empregada. Ela disse à polícia que as duas ficaram na área externa da casa, e que Thalita pediu a ela para contar tudo que sabia. "Porém, quando ainda estava narrando as circunstâncias da segunda ocasião em que Jairinho agrediu Henry, Thalita mandou que a declarante parasse de contar", aponta o depoimento.

Thayná teria dito, então, que queria dizer a verdade a polícia, já que iria se apresentar a delegacia dias depois, mas que Thalita contra argumentou para que a babá não agisse como "juíza do caso do irmão dela, dizendo, ainda que "menos é mais", "dando a entender que não era para a a babá falar tudo que sabia, já que todos já estavam sofrendo muito".

Na sequência, a irmã do Dr. Jairinho também perguntou se a babá tinha conversas salvas em seu celular, já que Monique havia comentando com ela, sem mencionar o teor. A babá informou que já havia apagado as mensagens com o casal a pedido de Monique.

Thalita ainda voltou a ligar para Thayná após a babá comunicar ao escritório que defende Dr. Jairinho que seu depoimento havia sido marcado. "Nesta ocasião, (Thalita) reforçou tudo o que já havia dito, reafirmando que a declarante (Thayná) devia falar o mínimo em seu depoimento, que 'menos é mais', que daria tudo certo", descreve o depoimento.