A Justiça do Rio Grande do Sul negou um pedido para reabrir a investigação sobre a morte da mãe do menino Bernardo Boldrini, 11, que foi assassinado em abril no interior do estado.
A mãe de Bernardo, Odilaine Uglione, morreu em 2010. Segundo a polícia, ela se matou com um tiro. Jussara Uglione, avó do garoto e mãe de Odilaine, no entanto, contesta essa versão e acredita em assassinato.
Segundo o juiz Marcos Agostini, de Três Passos (RS), não há provas novas para reabrir o inquérito. A decisão foi tomada no último dia 11, mas só foi divulgada nesta segunda-feira (28).
No pedido, a avó materna argumentava que o assassinato de Bernardo era um fato novo que deveria provocar a reabertura da investigação. Também afirmava que havia lesões no corpo da filha e que o pai de Bernardo, Leandro Boldrini, não fez à época um exame para detectar vestígios de pólvora nas mãos.
O magistrado escreveu em despacho que testemunhas contaram no inquérito que Odilaine sofria de depressão e tinha manifestado a intenção de se suicidar. Também afirmou que as lesões pelo corpo foram consequências de tentativas de salvamento após o disparo.
A Polícia Civil de Três Passos, que investigou a morte de Bernardo, afirma desde a morte do garoto que só iria reabrir o caso da mãe se algum novo elemento fosse descoberto. Quatro pessoas estão presas e respondem na Justiça pela morte de Bernardo: o pai, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugolini, além de Edelvânia e Evandro Wirganovicz.
Bernardo foi morto no dia 4 de abril na cidade de Frederico Westphalen, a 80 km de Três Passos, e enterrado em um matagal. O crime só foi descoberto depois de dez dias.
O pai nega qualquer participação no crime. Edelvânia afirma que ajudou a esconder o cadáver, mas não matou o garoto. A madrasta diz que a morte foi acidental.