OPERAÇÃO PIRÂMIDE DE OURO

Operação contra a extração irregular de ouro tem presos e apreensão bilionária

Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores que somam cerca de R$ 2 bilhões

Por Alexandre Nascimento
Publicado em 28 de fevereiro de 2024 | 19:14
 
 
 
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Um grupo criminoso suspeito de extrair ouro ilegalmente no norte do Brasil foi alvo de uma operação da Receita Federal e da Polícia Federal nesta quarta-feira (28). Segundo a investigação, o ouro era extraído em Rondônia e no Amazonas por uma organização comandada por uma família de Curitiba (PR) e depois era enviado para uma empresa de Goiânia (GO), que vendia o material irregular para outros países.

Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão nos municípios de Curitiba (PR), Porto Velho (RO), Manaus (AM) e Itaituba (PA), além do sequestro de bens e valores que somam cerca de R$ 2 bilhões. 

Também foram suspensas as atividades comerciais de seis empresas investigadas e de duas Permissões de Lavra Garimpeira (PLG) pertencentes a cooperativas de ouro no Pará, que “esquentavam” essa comercialização. 

O trabalho investigativo começou após uma apreensão de 15 barras de ouro (cerca de 7,5 kg) realizada pela Receita Federal, em setembro de 2022, no Aeroporto Internacional de Belém (PA). Todo o material estava sem documentação.

A partir daí, a Receita Federal rastreou operações comerciais feitas entre os anos de 2019 e 2023 que apontam a venda de aproximadamente uma tonelada de minério de ouro sem origem lícita, sendo quase a totalidade destinada para exportação. 

Segundo a fiscalização, o grupo econômico investigado praticou ainda atos de lavagem de capitais por meio da utilização de empresas de fachada, pagamento por meio de “laranjas”, além de transações financeiras de altos valores, principalmente de forma fracionada, para burlar limites regulamentares ou operacionais. 

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, usurpação de bens da União, falsidade ideológica e uso de documento falso.

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