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Sindicato ameaça greve contra demissões na Sabesp

Segundo Renê dos Santos, presidente do sindicato, desde janeiro deste ano houve cerca de 320 demissões

Por Folhapress
Publicado em 06 de março de 2015 | 11:05
 
 
 
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O Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo) convocou assembleia para a próxima terça-feira (10) com o objetivo de discutir se decreta greve contra as demissões que a Sabesp vem realizando.

De acordo com o sindicato, a Sabesp está demitindo funcionários além do previsto. Segundo Renê dos Santos, presidente do sindicato, desde janeiro deste ano houve cerca de 320 demissões. O sindicato diz esperar ainda mais demissões até abril. A categoria estima que vão ocorrer mais 160 demissões neste mês.

As demissões teriam atingido principalmente a área operacional da empresa, de acordo com reportagem publicada nesta sexta-feira (6) pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
A Sabesp não divulgou o balanço de demissões neste ano.

O sindicato já trata o caso como "onda de demissão", que estaria atingindo tanto trabalhadores da Grande São Paulo como do interior.

Segundo o sindicato, o objetivo da Sabesp é reduzir a folha de pagamento em 9%, por causa da atual crise de abastecimento que afetou também os cofres da estatal. "Nesse momento de crise, não poderia ter demissões. O que nós teríamos que ter é gente trabalhando para melhorar a situação da água em São Paulo", disse Santos.

Ainda segundo o sindicato, não estão sendo feitas novas contratações para repor os funcionários demitidos. "Quem fica agora tem que trabalhar por si e por quem foi demitido", disse.
Procurada, a Sabesp ainda não se manifestou sobre a possibilidade de uma greve.

Crise

A Folha de S.Paulo mostrou que, em crise, a Sabesp estuda propor uma revisão tarifária extraordinária além do reajuste pela inflação previsto para abril, a fim de tentar mitigar a forte deterioração de sua situação financeira.

A revisão extraordinária teria de ser aprovada pela Arsesp, autoridade regulatória do setor. O principal argumento para o reajuste acima do previsto é o aumento do custo de energia elétrica que não estava previsto no plano de negócios da empresa, aprovado em 2014.

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