Mobilidade
Avenida em BH onde ciclista morreu atropelado tem projeto de ciclovia parado
As imagens das câmeras de segurança mostram o momento exato em que o servidor público estadual Vitor Diniz Martins, de 34 anos, é atropelado por um ônibus da linha 645 (Estação Pampulha/Santa Mônica - Via Jardim Atlântico). O acidente aconteceu na última quinta-feira (13), em uma rotatória movimentada localizada no bairro Santa Amélia, na região da Pampulha, no cruzamento entre as avenidas Deputado Anuar Menhem e Ministro Guilhermino Oliveira. O local integra uma extensa lista de vias da cidade onde há projeto para implantação de ciclovia, mas até o momento, nada foi feito.
O projeto faz parte de um plano que deveria ser concluído em 2020, e que faria com a capital tivesse hoje cerca de 400 km de ciclovias implementadas, o que não ocorreu.
As metas de ampliação cicloviária são parte do chamado Plano de Ações de Mobilidade por Bicicletas (Planbici), com custos previstos, à época, da ordem de R$ 132 milhões.
Atualmente, a capital tem cerca de 105 km de ciclovias - algo bem abaixo do planejado. E em meio a tantas promessas, o ciclista que usa a bicicleta no dia a dia reclama da falta de segurança na disputa de espaço com carros, motos e ônibus no trânsito.
“A ciclovia faz falta demais, não só aqui nesse trecho mas pela cidade também. A gente precisa andar de olho no carro, na moto, e eles estão sempre querendo invadir o nosso espaço. Eles esquecem que ciclista também tem direito, diz o gari Alexandre Caetano, que passa quase todos os dias de bike pela avenida Deputado Anuar Menhem - onde há o projeto de ciclovia.
Para o cicloativista Gil Sotero, cada morte no trânsito onde deveria existir uma ciclovia mostra como a falta de empenho da prefeitura é prejudicial para a população.
“Falta mesmo é vontade política para executar essas ciclovias que estão projetadas. Belo Horizonte mostra mais uma vez o quanto é atrasada em relação a outras capitais, especialmente do Sudeste, na execução cicloviaria, reclama. “As ciclovias são importantes não só para a saúde das pessoas, mas também para a economia da cidade. A inexistência até mesmo onde já há projeto é cada vez mais revelada através de acidentes como esse que vitimaram o ciclista na Pampulha, concluí.