"O Carnaval de Belo Horizonte é da parceria e do diálogo". Essa é a resposta que a presidente da Belotur, Bárbara Menucci, para quem critica as parcerias patrocinadas pela Prefeitura de Belo Horizonte. O principal alvo de polêmica é em relação à exclusividade da Ambev.
Após o juiz Mateus Bicalho de Melo Chavinho, da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal de Belo Horizonte, negar a liminar solicitada pela deputada estadual Bella Gonçalves e pelas vereadoras Cida Falabella e Iza Lourença para derrubar a exclusividade da Ambev, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) emitiu parecer favorável à solicitação.
As parlamentares do PSOL haviam pedido uma decisão urgente para barrar a exclusividade e, após a negativa, recorreram por meio de um agravo de instrumento, conseguindo a recomendação favorável do MP. O parecer do Ministério Público não é vinculante, cabendo à Justiça decidir se acata ou não a recomendação. As parlamentares sustentam que não havia, no edital de convocação para os vendedores ambulantes, "imposição ao tipo de bebida a ser comercializada". Também argumentam que a exclusividade afeta o "caráter democrático" da festa.
O MP corrobora que a exigência de exclusividade na venda de produtos da patrocinadora não estava prevista no edital de chamamento público, caracterizando uma violação dos princípios constitucionais da livre iniciativa e do livre exercício profissional. O órgão também destacou que os ambulantes foram surpreendidos com a restrição depois de encerrado o credenciamento.
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