Um movimento crescente de chefs no Rio de Janeiro tem transformado a cena gastronômica local com a abertura de botecos que mesclam a informalidade característica dos bares cariocas com a essência acolhedora e os sabores intensos de Minas Gerais. Esse conceito inspirou o novíssimo Jurubeba, dos sócios Elia Schramm e Flávio Gomes.
Meses antes de concretizar o Jurubeba, o chef Elia Schramm, que já comanda as cozinhas do Baboo e Si-Chou no Rio, fez uma pesquisa de campo para orientar a abertura do seu primeiro boteco. Ele seguiu à risca um roteiro de bares em Belo Horizonte, locais que são paradas quase obrigatórias para qualquer turista na capital mineira.
“Minas Gerais tem uma cultura gastronômica rica, com pratos como o braseado, o 'pinga e frita', carne de panela, o trabalho com miúdos e o aproveitamento integral do animal, que são trabalhados como em poucos outros lugares”, enumera o chef. “Belo Horizonte estava perto do Rio, era um destino interessante e rico para entender essa cultura. Então, foi natural e óbvio direcionar minha inspiração para lá”, afirma.
Visitas
Durante suas visitas à capital mineira, Elia passou por locais como Juramento, Porca Voadora, Chico Dedé, Cozinha Tupis, Bar do Degas e o Bar da Lora, no Mercado Central. “Em muitos desses lugares, a presença do dono é essencial. Percebi que, para ser um bom dono de bar, é preciso viver a experiência. Eu até precisei voltar a tomar cerveja”, brinca.
O cardápio do Jurubeba traz pratos como moela caldosa, pernil em lascas na chapa com cebola caramelizada, croquete de carne de panela e pastel de queijo Canastra. “O regionalismo carioca é fundamental. O Jurubeba é carioca, mas, em termos de técnica e apresentação, tem muita inspiração belo-horizontina”, conclui Elia.