A ideia de que filhos devem ser eternamente gratos aos pais parece inquestionável. Mas… será mesmo? No Interessa desta terça-feira (15), a bancada feminina tratou deste ponto delicado com o psicólogo e terapeuta Gabriel Aguilar, especialista em terapia de casal e abordagem cognitivo-comportamental. Segundo ele, muitos filhos se colocam como cuidadores dos pais não apenas por afeto, mas por uma culpa enraizada - uma sensação de dívida eterna, como se viver já fosse motivo suficiente para abrir mão de si. Nessa é comum a gente ouvir que 'os pais vêm primeiro'. Mas vale a pena receber esse reconhecimento - que não parece genuíno, parece culpa?
Nesse contexto, os filhos deixam de ser protagonistas da própria vida para ocupar o papel de “pagadores” emocionais.
Mas é importante lembrar: existem pais e pais. Nem toda figura materna ou paterna é fonte de afeto e segurança. Muitas vezes, esse "amor" que se cobra de volta vem carregado de peso, chantagem emocional e ausência. Quando a retribuição é imposta, perde o valor de escolha e passa a ser prisão.
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