Todo mundo fofoca. Pode negar, mas é difícil escapar: falar da vida alheia faz parte da rotina social. A questão é o que se faz com a fofoca. Um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology investigou esse hábito e descobriu que fofocar pode ser mais do que um passatempo; pode ser uma estratégia social. A pesquisa analisou dois motivos principais para o comportamento: punir ou valorizar atitudes alheias, e atrair para perto quem consideramos boa companhia.

Surpreendentemente, os mais generosos foram também os que mais fofocam - e, veja só, com mais honestidade. Já os mais egoístas tendem a fofocar menos, e quando o fazem, distorcem os fatos. Outro dado curioso: cerca de 30% dos participantes compartilharam informações mesmo sem nenhum ganho direto. A fofoca, nesse caso, aparece como um tipo de “cola social”, quase instintiva.

Se usada com consciência, ela pode fortalecer vínculos, melhorar a dinâmica no trabalho e até ajudar a construir redes mais sólidas. 

O programa Interessa desta quinta-feira (24) recebe a psicóloga Keila Calil para discutir o papel da fofoca nas relações humanas. Com apresentação de Renata Zacaroni e bancada formada por Renata Nunes e Flaviane Paixão, o bate-papo começa às 14h, ao vivo, no canal O Tempo Livre e também em O Tempo no YouTube.