Bonitinho, mas ordinário! Ele é interessante, bom de papo… mas na hora de se comprometer, desaparece. Vive na zona cinzenta, não oficializa nada, e ainda te convence de que o problema é você. Ixi... Se identificou? Então talvez você tenha cruzado com um “Simon” por aí. A tal Síndrome de Simon descreve um padrão de comportamento que tem se tornado cada vez mais comum entre homens que evitam qualquer tipo de profundidade emocional. E que, sobretudo, se amam MUITO! 

Popularizado pelo psiquiatra Enrique Rojas, o termo não é diagnóstico médico, mas ajuda a dar nome a uma dor coletiva. Homens com mais de 30 anos, aparentemente bem resolvidos, independentes financeiramente, mas que fogem de qualquer vínculo como se fosse ameaça à liberdade. O acrônimo SIMON explica bem: Solteiro por opção, Imaturo emocionalmente, Materialista, Obcecado por trabalho e Narcisista.

Mas o que leva alguém a agir assim? No Interessa de hoje, apresentado por Renata Zacaroni, a psicóloga Caroline Turatti explicou que, embora os vínculos da infância possam influenciar, a responsabilidade afetiva não pode ser terceirizada. “Seus pais te deram o que conseguiram com os recursos que tinham. Depois de uma certa idade, convenhamos, somos por nós mesmos”, pontuou a especialista. Ou seja, não é porque seus pais tiveram relações conflituosas que você está condenado. A forma como você dá afeto, amor... é escolha. 

A bancada feminina desta quinta formada pela fotógrafa Mariela Guimarães e pela jornalista Thalita Martins trouxe experiências pessoais e questionou: será que dá pra identificar um Simon logo no primeiro encontro? Será que eles mudam? E, mais importante: como a gente se protege emocionalmente de relações que prometem muito, mas entregam quase nada?

Nem todo homem centrado em si mesmo é um Simon. A diferença está entre ter clareza do próprio estilo de vida e carregar um bloqueio afetivo não resolvido. O episódio está imperdível e pode ser o empurrão que faltava pra você parar de achar que merece migalha.