Viena, Áustria. Como a mão é equipada com captores que respondem aos impulsos elétricos que os músculos emitem, o professor Aszmann enxerta nos antebraços dos pacientes músculos extraídos do interior de seus músculos e, depois, nervos provenientes de outra área da medula espinhal, diferente do plexo braquial.
“A mão está muito longe do cérebro”, explicou o médico. “Isto implica regenerar mais de um metro de nervos. A segunda dificuldade é que a própria mão precisa de uma grande quantidade de impulsos enviados pelos nervos para fazer o que pode fazer”, completou.
Treinamento. Antes de sua amputação, os pacientes passam por um treinamento cognitivo de vários meses: primeiro, para controlar uma mão virtual representada em vídeo e, então, exercitando-se com uma mão híbrida colada em sua mão de verdade.
“Alguns pacientes, ao fim do processo, não podem ser candidatos à reconstrução biônica”, explicou Oskar Aszmann, “seja porque não têm nervos suficientes ou porque não estão prontos psicologicamente, ou por falta de um ambiente adequado”, isto é, a possibilidade de cuidar da prótese onde vivem.