Recife. O presidente em exercício do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), defendeu uma nova Constituição para o país. Lima disse que o país precisa de muitas reformas como a tributária e a política.
“Será que não precisamos de uma nova Constituição? Precisamos refletir sobre a real necessidade de uma Constituição diante de tantas reformas”, disse Lima, no Fórum Empresarial Lide, em Recife, e que reúne 300 pessoas entre empresários e lideranças políticas.
Para o senador, não é mais possível não ter creche para crianças e ver auxílio-moradia de deputados, juízes e senadores. “É a máquina pública de excessos, máquina perdulária”, criticou.
“Aqui, todos nós acreditamos que o Estado não gera riqueza, gera despesa. Quem gera (riqueza) é o setor privado com engrenagens cada vez mais carcomidas. Vamos ter eleições e torcemos para um resultado equilibrado e sensato”, pediu.
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior. (PSDB-RS), disse que o novo nome que o Brasil precisa é a reforma. “Discutimos há 20 anos os mesmos argumentos e a racionalização é ignorada. Se não elegermos parlamentares comprometidos não adianta. Hoje é preciso fazer a reforma”, disse Marchezan,
Para o prefeito de Porto Alegre, a reforma trabalhista foi feita no pior momento da política do Brasil. “A pauta Brasil não existe”, criticou. Marchezan disse que as votações são feitas de acordo com o nicho eleitoral e só por isso não conseguimos fazer as reformas necessárias. Ele também criticou a elite do serviço público que onera ainda mais os custos do “Temos que 40% do Produto Interno Bruto (PIB) são para o custeio para a máquina pública”. Para ele, não é possível mais continuar com essa farsa.
“O nível do investimento no Brasil é um dos menores do mundo. A vida real está muito ruim no Brasil. Dá para fazer rápido se a gente tiver pauta”, conclamou. “Em quatro anos (de mandato) dá pra fazer revolução e muita coisa. O problema é que no Brasil a gestão chegou no limite”, acrescentou.
O prefeito de Recife, Geraldo Júlio (PSB-PE) foi na mesma toada criticando a carga tributária atual e a concentração dos recursos em Brasília. Segundo Júlio, não existe nenhum governo que não tenha aumentado a carga tributária que passou de 22% para 35% ao longo dos anos. Para ele, é preciso um novo pacto federativo.
“O orçamento público tem que diminuir de tamanho para a carga tributária diminuir. É uma pauta que precisa ser discutida em todos os ambientes”, pediu o prefeito durante o Fórum Empresarial Lide.