Com 20 anos de trajetória, o Café Jequitinhonha já se estabeleceu entre as 65 maiores indústrias cafeeiras do país, de acordo com o ranking da Associação Brasileira da Indústria de Café. E se em 2018 os ganhos acumulam crescimento de 15%, a expectativa é de investimentos milionários para os próximos dois anos. Ao todo, há previsão para um aporte financeiro que totaliza um montante de R$ 10 milhões.
A expansão se dá em várias frentes estratégicas e tem como objetivo a modernização e preparação para o futuro. É o que explica Luiz Carlos Barbosa, diretor-fundador do Café Jequitinhonha. “Hoje, estamos trabalhando com o máximo da produção e não conseguimos suprir a demanda”, explica ele, completando que, em vista de uma constante curva de crescimento, a empresa decidiu ousar. “Com isso, vamos passar a ter o dobro da capacidade produtiva. E se for necessário, dobrando turnos, conseguiremos quadruplicar nossa produção”.
Para ter tanto fôlego, a previsão é de investimentos na ordem de R$ 4 milhões em maquinários e R$ 3 milhões em infraestrutura. “Vamos inaugurar um galpão de 4.000 m², reunindo indústria, administração e galpão de armazenamento e distribuição”, expõe o diretor. Além disso, outros R$ 3 milhões serão destinados a ações de fortalecimento da marca, desenvolvimento de mais produtos, investimentos em mercado e contratação de pessoal.
Em matéria de ampliação do mix de produtos, o Café Jequitinhonha vem, desde fevereiro deste ano, ampliando o número de itens ofertados. A nova linha contempla o cappuccino, leite integral, refresco em pó e achocolatado instantâneo.
Conjuntamente, são 19 produtos da marca, com bebidas que podem ser consumidas quentes ou frias – embora Barbosa lembre que o café, carro-chefe da empresa, quase não sofre interferência sazonal. “No verão ou no inverno, as vendas não mudam muito, porque, no Brasil, tomar um cafezinho é um hábito”, enfatiza.
Em relação à expansão de mercado, o Café Jequitinhonha mira a região Centro-Oeste de Minas. “Muitas pessoas do Norte do Estado, Rio Doce, Suaçuí e do Vale do Jequitinhonha migraram para cidades como Sete Lagoas, Itaúna, Pará de Minas, Divinópolis e Nova Serrana em busca de emprego”, comenta Barbosa. Ele aposta em conquistar esses consumidores, que já conhecem seus produtos. Além disso, sustenta que a marca pode se apresentar como novidade e alternativa para aqueles que ainda não são clientes.
Potencial
Na mira. Devido à migração de pessoas do Rio Doce, Vale do Jequitinhonha, Suaçuí e Norte para a região Centro-Oeste, o Café Jequitinhonha vê possibilidade de expansão nesse mercado.
Empresa mira pequenas e grandes redes
Para se apresentar aos varejistas da região Centro-Oeste de Minas, o Café Jequitinhonha se prepara para participar do segundo maior evento do setor supermercadista e de padarias do país, o Superminas – que será realizado em Belo Horizonte entre os dias 16 e 18 de outubro.
Luiz Carlos Barbosa, diretor da empresa, vê no evento uma vitrine para a marca. Para ele, o contato com atacadistas pode significar um incremento de 50% nas vendas dos produtos ofertados. “Temos itens para todos os gostos e que podem compor a mesa de café da manhã ou da tarde dos mineiros”, avalia ele.
No Superminas, a meta é demonstrar que a indústria está preparada para atender o mercado, incluindo grandes redes de supermercados. “Eles vão nos conhecer e ter a segurança de que estamos evoluindo bem, com produtos de qualidade”.
Sem crise
Receita de sucesso
O Café Jequitinhonha, que nasceu na cidade de Capelinha, já vinha se preparando havia anos para enfrentar o fantasma da crise.
Resultados
“Com um enorme investimento em pessoal, foco estratégico e vendas pulverizadas, conseguimos manter um ótimo ritmo de crescimento”, explica Luiz Carlos Barbosa.