Os impactos ambientais do Projeto Vale do Rio Pardo serão tema de audiência pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no próximo dia 9. O debate é resposta ao decreto com numeração especial 30 da legislação mineira que permite a desapropriação de terrenos situados nas cidades atravessadas pelo mineroduto.
O projeto, da Sul Americana de Metais S.A. (Sam), inclui mina, planta e porto, além de duto de aproximadamente 482 quilômetros que passará por 21 municípios – nove em Minas Gerais e 12 na Bahia.
O investimento inicial no empreendimento é de US$ 3 bilhões, e a meta é produzir e transportar 25 milhões de toneladas de ferro por ano. O projeto está em fase de desenvolvimento e a previsão é que a operação comece em meados de 2017.
“Repudiamos a forma como tudo tem sido feito, sem nenhum impedimento. Já marcamos com a Comissão das Águas uma visita ao norte de Minas para avaliar as condições da obra”, diz o deputado Rogério Correia, que solicitou a audiência.
Além da obra da Sam, as consequências de outros minerodutos do Estado serão pauta das discussões, que terão como base a série “Um mineroduto que passou em minha vida”, publicada pelo O TEMPO na semana passada.
Membros de comunidades atingidas pelo projeto Minas-Rio, da Anglo American, tema das reportagens, foram convidados para o debate. “As matérias foram bastante elogiadas, por mostrarem o impacto da mineração”, diz Correia.