Além de estar envolvido no esquema de corrupção da Petrobras, a Polícia Federal investiga se o esquema operado pelo doleiro Alberto Youssef alcança também negócios no setor elétrico. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (17) pelo jornal "O Globo".
Segundo o jornal, durante investigações da Operação Lava Jato, agentes encontraram na mesa de um dos acusados de ser o braço direito do doleiro, João Procópio de Almeida Prado, um documento identificado como "Demonstrativo de Resultado - Obra Jirau", que contém a contabilidade da Camargo Corrêa na obra da hidrelétrica construída em Rondônia, no Rio Madeira, com financiamento de R$ 7,2 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O Ministério Público Federal disse que Prado era o elo do esquema de Youssef com a empreiteira. Procurada pela reportagem de "O Globo", a Camargo Corrêa afirmou que Prado nunca prestou servições para a construtora e que desconhece o documento citado.
A Camargo Corrêa já esteve envolvida em outras duas grandes obras da Petrobras que são investigadas na Operação Lava Jato. Além disso, ela também fez repasses de R$ 2,875 milhões para a Costa Global, empresa de consultoria do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.