Kalil nomeia líder de torcida organizada do Cruzeiro para trabalhar na Prefeitura de BH
Ex-presidente do Atlético e colecionador de frases provocativas e polêmicas envolvendo o Cruzeiro, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), autorizou uma nomeação curiosa para a Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social. Passou a integrar a pasta o histórico torcedor Fubá, um dos principais líderes da torcida organizada Máfia Azul – a maior do Cruzeiro. A nomeação foi publicada no “Diário Oficial do Município” no último sábado.
Conhecido por ficar à frente da organizada durante os jogos, como uma espécie de animador da torcida, Alexandre Eustáquio Vieira, o Fubá, terá o cargo de assessor na secretaria. Na pasta, segundo a assessoria da prefeitura, ele vai auxiliar na produção de eventos e cerimonial – cargo que até então estava vago.
“Ele é uma pessoa do bem e que entende de organização de eventos. A atuação vai ser nessa parte de cerimonial mesmo, auxiliando na produção”, conta um interlocutor da prefeitura. Nos últimos anos, Fubá vinha administrando uma loja de artigos esportivos em um shopping popular de Belo Horizonte.
A secretaria é chefiada por Adriana Branco, ex-diretora executiva do Atlético – com quem, mesmo atuando no clube rival, Fubá possui um bom relacionamento. Na pasta, ele terá uma remuneração de R$ 2.500.
Em 2013, ele chegou a sair da Máfia Azul após ter se envolvido em uma briga interna da torcida durante a final do Campeonato Mineiro. No início deste ano, no entanto, ele retornou e foi homenageado pela torcida organizada. Procurado, Fubá não quis conversar com o Aparte.
Velha conhecida. Quem também foi nomeada no sábado para compor o quadro de funcionários da Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social é a produtora cultural Nely Rosa.
Nely é conhecida na política nacional por ter atuado nos governos Aécio Neves (PSDB) e Antonio Anastasia (PSDB) em Minas. Em 2014, ela foi uma das coordenadoras de campanha de Aécio – era responsável pela produção dos eventos. Dois anos depois, ela foi rival de Kalil: Nely trabalhou na campanha do deputado estadual João Leite (PSDB) à Prefeitura de Belo Horizonte. A remuneração do cargo colocado para Nely é de R$ 7.500.
Até o ano passado, quando Aécio Neves ainda era presidente nacional do PSDB, Nely Rosa integrava os quadros da legenda. Com a saída do ex-governador do comando do partido, no entanto, ela, assim como outros assessores mais ligados a Aécio, perderam o cargo.
A partir de agora, Nely, como Fubá, responderá diretamente a Adriana Branco. Curiosamente, na administração de Aécio Neves em Minas, os papéis se invertiam: Nely era a chefe de Adriana. (Lucas Ragazzi)
Luto
O vice-prefeito do Rio de Janeiro, Fernando Mac Dowell, morreu, aos 72 anos, no final da noite do último domingo. Ele estava internado no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca. Segundo o hospital, Mac Dowell morreu devido a complicações decorrentes de um infarto agudo do miocárdio. O vice-prefeito sofreu infarto no dia 13 e, desde então, estava internado em estado grave. Em nota, a Prefeitura do Rio de Janeiro informou que decretou luto oficial de três dias. Mac Dowell era especialista na área de transportes. Participou da concepção da ponte Rio-Niterói, da Linha Vermelha e do metrô do Rio. Pai de quatro filhos, o vice-prefeito cursou engenharia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Atualmente era professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Estado. Ele participou do segundo governo de Leonel Brizola, de 1991 a 1994. O velório de Mac Dowell será realizado nesta terça-feira (22), na sede da prefeitura carioca, e será aberto à população. O enterro está previsto para acontecer às 15h no cemitério São João Batista, em Botafogo.
Em crescimento
O número de seguidores nas páginas do Facebook dos presidenciáveis teve uma atualização, na comparação com os dados coletados pelo site Eleições Sem Fake, do Departamento de Ciência da Computação da UFMG. Eles embasaram a reportagem “Transparência nas redes sociais”, publicada na edição dessa terça-feira (21). Apesar de todos os presidenciáveis apresentarem um crescimento no número de seguidores, a ordem entre os que contam com maior número de curtidas não foi alterada. Até a noite dessa terça-feira (21), Jair Bolsonaro (PSL) permanecia sendo o mais popular na plataforma, com 5,3 milhões de seguidores. O ex-presidente Lula (PT) aparece em segundo lugar, com 3,4 milhões. Já Marina Silva (Rede) ainda não ultrapassou a marca de 2,3 milhões de admiradores. Em quarto lugar permanece o senador Alvaro Dias (Podemos), com 1,1 milhão de apoiadores, seguido por Geraldo Alckmin (PSDB), que tem 921 mil fãs.
Desistência de Temer custa R$ 1,7 milhão
A mudança de planos do presidente Michel Temer, que na véspera desistiu da visita que faria a países asiáticos no início deste mês, custou ao menos R$ 800 mil aos cofres públicos. Foi a segunda vez que a viagem foi cancelada na última hora. A primeira foi em janeiro, quando o governo já havia gastado R$ 900 mil com os preparativos. Somadas, as duas desistências consumiram R$ 1,7 milhão. Os valores incluem passagens, seguro-viagem, multas por desistência e diárias da equipe que já havia se deslocado para preparar a visita oficial do presidente brasileiro. A comitiva presidencial era estimada em cerca de 30 pessoas. Em janeiro, o cancelamento da viagem se deu, de acordo com informações do Palácio do Planalto, por recomendação médica. Desta vez, a justificativa dada pelo governo foi a de que Temer preferiu permanecer no Brasil por causa de votações importantes que ocorreriam no Congresso.
Frase do dia
“Qual predicado que o Josué tem além de ser filho do José Alencar? Nenhum. Ele só é rico. Eu defendo o limite no autofinanciamento porque, senão, vai continuar tendo gente que vai se impor na política pelo dinheiro.”
Júlio Delgado (PSB)
Deputado federal